Diante da atual situação econômica do Brasil, cada vez mais pessoas tem buscado maneiras alternativas para conseguir uma renda extra, como a economia compartilhada. Definida por Gustavo Dôco Roberti Gil, um dos diretores da empresa ShareNext, ela é um meio de investimento sem desperdícios. É possível que qualquer pessoa que possua o interesse de disponibilizar um espaço físico ou on-line tenha a possibilidade de alugá-lo de maneira mais simples e sem qualquer tipo de burocracia como seria da forma convencional.
Uma nova opção que vem crescendo cada vez mais não só em Brasília, mas em todo país, são os brechós. Com o advento da internet, é cada vez mais fácil a criação de micro negócios on-line. E a expectativa é que as vendas no ambiente virtual continuem crescendo. De acordo com o relatório Webshoppers, da Ebit, as vendas no meio digital devem ter um crescimento nominal de 12% no faturamento, atingindo um total de R$49,7 bilhões em 2017
Ana Carolina Sena e Isabela Gondim, administradoras do “Desapega BSB”, dizem que o grupo privado no Facebook, que já conta com cerca de 20 mil mulheres, foi criado com o intuito de desapegar de algumas coisas que não tinham uso e ganhar um dinheiro extra.
Desapega BSB, com dois anos de criação, já conta com eventos anuais que reúnem cerca de 15 meninas, sorteadas na página, para venda de suas roupas. O evento ocorre durante um final de semana e dura quase o dia todo.
As criadoras do grupo estabeleceram algumas normas para os negócios. “As regras servem para manter o bom convívio também. Elas ficam como publicação fixa do grupo, são como seguir fila de comentários, manter a responsabilidade com compra e venda e manter as boas condições da sua roupa”, diz Ana Carolina.
Carla Teixeira, Clara Renz e Anna Flávia Araújo, frequentadoras desse bazar virtual, dizem que a experiência de compra e venda sempre foi positiva. De acordo com Carla, é vantajoso porque na maior parte das vezes as roupas estão em ótimo estado. “Todas as que eu já comprei estavam muito boas, como novas. Acho que vale a pena pelo fato de você economizar um bom dinheiro, se for pelo deslocamento, dá na mesma, porque você vai até um local para buscar a roupa.”.
Ludmila Martins, criadora da conta “Bazar Alternativo” no Instagram, reclamou que nem sempre vale a pena tentar vender as peças on-line. “Ajuda muito pouco, pois as pessoas sempre querem que a venda da peça saia mais barato do que já está. Por conta desses fatores, tenho preferido doar para pessoas que realmente precisam”, relata.
Além das vendas, algumas contas também optam pela troca de produtos. Contudo, a entrevistada diz que acaba sendo desvantagem, pois muitas pessoas tentam se beneficiar dessa maneira.
Por Aline Rocha, Ana Lígia Adami, Rudhiery Fernandes e Sâmila Faiad
Sob supervisão de Katrine Tokarski Boaventura