Devido à pandemia gerada pelo coronavírus, a forma de consumo foi ressignificada. Movimentos relacionados ao consumo consciente e sustentabilidade ganharam um espaço maior nas marcas e nas escolhas dos produtos para o público consumidor.
O slow fashion, movimento que surgiu do slow movement, surgiu com ideais sustentáveis, priorizando a diversidade, promove consciência socioambiental, poucos desperdício, produção de pequena a média escala, preços reais que estão relacionados aos custos sociais e ecológicos. O movimento se contrapõe ao modelo fast fashion, que tem como conceito a produção rápida, sem valorizar os processos, gerando alto desperdício e desrespeitando o meio ambiente.
Com a crise gerada pelo covid-19, o público consumidor passou a questionar sobre os produtos que consome, aumentando o consumo consciente. Desse modo, lojas com foco consciente tiveram um aumento de procura, como é o caso dos brechós, que já tive um aumento de 210% entre os anos de 2010 e 2015,segundo relatório de inteligência do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
No Brasil, já é possível encontrar marcas que tenham como moda consciente em seus produtos, como é o caso da Flávia Aranha, Comas (que produtos peças através do upcycling, que é um processo que reutiliza produtos descartados), Ahlma, entre outras.
O consumo consciente que permite a construção do slow fashion, vem através da conscientização da criação das peças, a valorização da mão de obra social e ambiental. A moda ainda tem um longo caminho pela frente, mas devido a ressignificação do sistema de indumentárias e a preocupação com o bem-estar ambiental, principalmente gerada pela crise em 2020, o mercado vem se reinventando e criando novas possibilidades através de roupas e sapatos.
Por Laura Cardoso
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira