Nova interrupção para atletas profissionais requer atenção sobre lesões, explicam especialistas

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Com o aumento dos casos de covid-19, junto com a crise sanitária e o colapso do setor de saúde, campeonatos esportivos espalhados pelo Brasil foram paralisados ou tiveram jogos adiados. Mais de sete competições de futebol já estão paralisadas, incluindo o campeonato paulista, o mineiro e o candango. Essa situação é semelhante à que ocorreu no início do ano de 2020, praticamente no mesmo período. Jogos suspensos e atletas ansiosos para estarem atuando marcaram o começo da pandemia.

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Segundo o preparador físico de jogadores de futebol Renan China, os atletas profissionais precisam tomar alguns cuidados quando estiverem voltando aos treinos. “Os atletas precisam ter um período considerável de preparação. Profissionais precisam ter condições de ter um processo de periodização e de estruturação do treinamento que seja gradual, de maneira que o controle de carga seja adequado e consiga se evitar que ocorram sobrecargas desnecessárias” explica Renan.

Foto: Pixabay

O fato de estarem parados e isolados é necessário para que o vírus não se propague e diminua o número de contaminados e pacientes em leitos de UTI, mas o que preocupa esses esportistas é como será a volta às atividades.
No ano passado, dados da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) confirmaram o aumento de 77% no número de lesões em times da série A, de 141 casos para 249. O crescimento de contusões assusta e especialistas, como fisioterapeutas e preparadores físicos, tentam mostrar o melhor modo de continuar se exercitando mesmo com as competições paradas.

Para o especialista, isso seria o ideal, mas não é o que tem acontecido. “O cenário hoje é muito mais voltado para as competições, em curto período, então a gente conseguir equalizar isso é muito difícil, portanto existe uma tendência de uma sobrecarga maior nos atletas num período curto e isso provavelmente provocar o período de lesão”, completa o especialista.

Para os atletas, de acordo com a fisioterapeuta Jobennia Amorim, o corpo do ser humano é generalista e pede para olhar as tarefas domésticas com outros olhos. “Busque explorar outros movimentos, ir mais para o chão, usar o corpo como peso. Às vezes deixamos de fazer o simples, não é só da força que o corpo precisa. Tente lavar o carro por uma hora, lavar o banheiro, fazer uma faxina ou até mesmo uma comida. Tudo isso pode ser um treino”, explica a especialista.

Jobennia Amorim relata que existem lesões que são por conta do volume ou do tempo que faltou de descanso e até mesmo emocional. “O corpo leva um tempo para se adaptar, assim também é com sua parada aos treinos”, conta a fisioterapeuta.

Por Luiz Fernando Santos, Mateus Arantes e Renato Queiroz

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