Dia do estudante: eles fazem de tudo pela sala de aula

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Eles tinham motivos para deixar a sala de aula. Mas insistiram e, nesta quinta-feira (11 de agosto), podem comemorar de forma especial o Dia do Estudante. São histórias de superação de pessoas que retomaram os estudos após algumas implicações que interromperam o sonho. Essa data é comemorada há quase 200 anos desde o tempo do império quando Dom Pedro I autorizou a criação das duas primeiras faculdades no Brasil, desde então é lembrado a cada dia com histórias emocionantes como a da Taynã, do Almir e da Lidiane.

“Fonte de energia”

“O conhecimento é a sua única fonte de energia”, afirma Taynã Szajnweld que é professora de inglês da Secretária de Educação. Há 18 anos, quando ela estava no último ano de seu ensino médio, na época, chamado de “ginásio”, descobriu que estava esperando um bebê, mas a gravidez não era planejada o que acabou por modificar toda a sua vida.

Além da maternidade, passou por alguns problemas emocionais. Após quatro anos, voltou a estudar concluindo o seu ensino médio e dando início a sua vida acadêmica optando por cursar Letras – Português/ Inglês, curso em que atua profissionalmente hoje.

Volta à sala

“As pessoas mais novas têm mais chances no mercado de trabalho”, disse Lidiane Ferreira, 41 anos, funcionária de um fast food. Ela conta que no final da década de 80, uma gravidez não planejada a fez interromper seus estudos e apenas 17 anos depois Lidiane pôde concluir seus estudos optando pelo EJA, Educação para Jovens e Adultos.

Um modelo de ensino que tem dado oportunidade para muitos brasileiros que assim como Lidiane buscam uma mudança de vida. Ela também contou que a motivação que teve para voltar a estudar foi um incentivo para os filhos. “O ENEM é fundamental para o ingresso nas universidades, minha filha mais nova irá concorrer esse ano” falou em relação aos programas de incentivos estudantis.

3 filhos

“O futebol interrompeu meus estudos por um tempo, quando tinha o sonho de viver do esporte”, palavras de um pai que aos 48 anos conseguiu criar 3 filhos e chegar ao final da graduação mesmo com algumas dificuldades, como por exemplo o fato de ter que acordar 5 horas da manhã e voltar para casa tarde da noite. José Almir conta que a vida acadêmica teve o apoio de algumas pessoas importantes de uma universidade em Brasília o que possibilitou o ingresso no ensino superior. Faltando apenas o estágio obrigatório para a conclusão do curso, ele diz acreditar em um futuro diferente daqui pra frente.

 

Por Henrique Kotnick e Letícia Rodrigues

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