“É impossível monitorar fisicamente por completo a fronteira amazônica”, diz general do CMA

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MANAUS – Imagine quase 10 mil km de fronteira amazônica a serem monitoradas. Esse é o desafio do Comando Militar da Amazônia (CMA) até 2021, que possui no Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron) – iniciado em 2012 – uma forma de auxiliar o controle via equipamentos móveis a sensores óticos. Com poucos recursos disponíveis, o sistema vem sendo implementado gradativamente. Até o momento, a única unidade de instalação é a 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada (CMEC), em Dourados-MS, em funcionamento desde 2014.

General Algacir Polsin fala durante palestra sobre trabalhos realizados pelo Exército Brasileiro na Amazônia. Foto: Henrique Kotnick

“O projeto depende de recursos, e é de interesse nacional. A hora em que não tivermos esses recursos, usaremos nossos pelotões”, declarou o general Algacir Polsin durante palestra realizada na manhã de terça-feira


(16) no 1º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS) a respeito da segurança realizada nas fronteiras pelo Comando Militar da Amazônia (CMA). Algacir afirmou que é praticamente impossível monitorar fisicamente as fronteiras como um todo. “Por esse motivo que os recursos tecnológicos veem para ajudar neste caso”, explica ele.

Polsin comentou sobre os recursos do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), que está no projeto-piloto com R$ 450 milhões de orçamento liberados pelo Ministério da Defesa. Apesar da limitação, a 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada (CMEC), na cidade de Dourados, no Mato Grosso do Sul, o Exército pretende expandir, a depender dos recursos que receberem.

Conheça o Sisfron

No dia 4 de janeiro deste ano, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, esteve com o presidente da República, Michel Temer, após reunião onde comentou-se sobre o Sisfron, o moderno sistema que permite fiscalizar a faixa de fronteira do Brasil.

Cerca de 650 quilômetros de fronteiras no estado do Mato Grosso do Sul estão localizado na fronteira do Brasil com o Paraguai e a Bolívia. O monitoramento ocorre desde radares fixos e móveis a sensores óticos e câmeras de longo alcance. “A nossa maior dificuldade no monitoramento na fronteira é o tamanho da mesma”, completa o general Polsin.

Apreensão recente

Recentemente, durante a operação Poty Poran (Portas Fechadas) na madrugada desta quarta-feira (17), 150 policiais do Batalhão de Choque da Policia Militar e 400 militares Exército brasileiro ocuparam a Penitenciária Estadual de Dourados – PED. Durante a operação foram apreendidos diversos objetos ilegais do interior das celas, como telefones, armas e drogas.

Os militares apreenderam 1,5 quilo de drogas (maconha, crack e cocaína) e 432 armas artesanais, por meio de detectores de metal e scanners, equipamentos que fazem parte do Sisfron.

Por Pedro Paulo Marra, enviado especial a Manaus (AM)

Sob supervisão de Vivaldo Sousa

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