A equipe de futebol feminino do Cresspom está eliminada da série A2 do campeonato Brasileiro. Após julgamento ocorrido nesta sexta (30), o pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva votou pela manutenção da pena proferida pela 2ª comissão disciplinar do STJD. A decisão foi unânime. Com isso, a equipe permanece na quarta posição do grupo B, com nove pontos.
A punição ocorreu no dia 6 deste mês, após a equipe do Distrito Federal escalar a atleta Danúbia na primeira partida da competição, contra o União Desportiva Alagoana (UDA/AL) no dia 11 de maio. Ela foi expulsa na Copa do Brasil do ano passado quando ainda defendia o Barcelona/RJ. A pena foi de um jogo, que deveria ter sido cumprida na partida pela nova equipe.
Do céu ao inferno
A equipe brasiliense conseguiu a vaga na competição devido à campanha que fez na Copa do Brasil de 2016, quando chegou às semifinais. O time passou a ocupar a 23ª colocação nacional. Com a debandada de jogadoras que a equipe sofreu, foram 19 saídas no total, tiveram que se reestruturar. Ao todo, 23 novas atletas chegaram, um time quase inteiro. Mesmo assim, o conjunto se sobressaiu. Por ocupar uma posição abaixo dos outros clubes do mesmo grupo, a equipe jogou três partidas sob seus domínios e quatro fora.
Sob os comandos de Robson Marinho, o time seguiu forte, com uma campanha consistente e regular, como o próprio técnico fazia questão de ressaltar. Diante da UDA/AL, o Cresspom largou bem. 3×1 com gols no início do jogo. E assim seguiu. 1×0 contra o Aliança-GO, em Goiânia, 3×0 contra o Botafogo/PB fora de casa, outro 3×0 contra o América-MG jogando novamente em casa.
Nesse momento, o time era líder. Único 100% na competição, a equipe detinha a melhor campanha, aliado a defesa menos vazada, e a classificação estava próxima. Estava tão perto que, caso a equipe mantivesse os pontos conquistados e mesmo que perdesse os três jogos, a equipe estaria classificada. Os atuais dez pontos de Caucaia/CE, segundo colocado e classificado para semifinal, e do Aliança/GO, terceiro colocado, não seriam suficientes para ultrapassar o “esquadrão amarelo”.
Entre a quarta vitória (dia 31 de maio) e a punição (6 de junho) foram seis dias. A equipe perdeu a vice liderança para o time de Goiânia. Veio o quarto jogo, o confronto das duas melhores campanhas. A Portuguesa-SP, aliado a perda dos pontos, era líder e compartilhava da invencibilidade do time de Brasília. Tinha 3 vitórias e um empate. Robson Marinho sabia das dificuldades. Como ele mesmo falou, seria complicado, tendo em vista a tradição e a força da equipe paulista. A camisa, mesmo que carregada pelo futebol masculino, era forte.
E as brasilienses, jogando no Canindé, saíram na frente com Ester. O resultou permaneceu intacto até os 29 minutos da etapa final, quando Samara empurrou para a própria meta e empatou para a Lusa. No apagar das luzes veio a virada. No último minuto de jogo, veio a queda. Derrota por 2×1. À duas rodadas do fim, a terceira colocação virou quinta. A classificação que dependia apenas de suas forças, passou a depender de uma série de resultados.
O que se viu na partida seguinte, novamente em Brasília, contra o Adeco-SP, foi um time diferente daquele que se via. O nervosismo, somado à postura defensiva das adversárias, tomou conta da equipe. Só aos 30 minutos da etapa final foi que o time conseguiu o gol de empate, com Nycole, em cobrança de falta. Novamente, a posição do time foi alterada. A rodada pode, até, ser considerada perfeita. A segunda posição, assim como a calssificação, estava de novo sob o controle do Cresspom. O empate bastava. O jogo era em Caucaia/CE, contra a equipe local.
As atletas frisaram que “mesmo com o empate garantindo a vaga, não vamos para jogar por ele. Queremos a vitória”. Estratégia que deu certo até os 23 minutos, quando teve a parada técnica. A vitória de 1×0 colocava a equipe na próxima fase. Mas tudo ruiu. Logo na volta da parada técnica, veio o empate. A equipe do Ceará cresceu e embalou. Final? 5×1 e Cresspom dependendo do STJD. Mas foi em vão.
