Premiada em festival, ficção científica traz visão otimista sobre humanidade

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Curta metragem “À margem do universo” conquistou a melhor fotografia da Mostra Brasília do Festival de Brasília de Cinema Brasileiro

O filme de ficção científica “À margem do universo”, melhor fotografia da Mostra Brasília, traz uma inversão dos clichês dos filmes do gênero. Dessa vez, a humanidade é uma sociedade evolutiva que se reafirma no universo. A visão é positiva e o filme deixa um sentimento de “crença na humanidade”.  Dirigido por Tiago Esmeraldo e fotografia de Gustavo Serrate, o curta metragem conquistou a melhor fotografia entre os filmes que concorreram à Mostra Brasília do Festival de Brasília de Cinema Brasileiro.

Confira trailer oficial do filme:

“A ideia era mostrar como seria a humanidade resolvida”, explica Tiago. O filme se passa em um cenário pós-apocalíptico em que os habitantes da terra teriam sido devastados por uma guerra bioquímica. O diferencial do filme é que, na realidade, a humanidade está muito bem e parece ser evoluída. Aos alienígenas que vão explorar a Terra, é escondida a existência da humanidade, a princípio.

Após as desventuras no planeta explorado, os alienígenas perdem contato com a sua nave e ficam perdidos no planeta. É nessa hora que, por meio de uma transmissão de interferência, os humanos fazem contato com os alienígenas e revelam a verdade. A humanidade nunca esteve melhor.

Para Fáuston da Silva, roteirista do filme, a ficção científica é “um método para se discutir política”. Foi com esse pensamento que o roteirista escreveu a obra pensando em metáforas que pudessem discutir assuntos sociais da atualidade. “Nós temos metáforas que mostram a retomada da consciência do ser, por exemplo”, argumenta ao explicar uma cena em que a alienígena rompe ligação com a sua comandante.

Outro aspecto do filme é que a língua usada pelos alienígenas no filme é um idioma indígena chamado “Suruwahá”. No debate que ocorreu após o filme, isso foi visto por alguns dos expectadores como uma forma de mostrar que o índio é visto como alienígena. Para o diretor, essa é uma forma de se eternizar um idioma que pode ser extinto.

Por Bruno Santa Rita

*Sob supervisão de Luiz Claudio Ferreira

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