Economia colaborativa: alternativa para quem quer gastar pouco e acertar nos presentes de fim de ano

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Foto: Maria Carolina Morais/Agência de Notíicias Ceub

A pouco mais de um mês para o Natal, consumidores buscam formas de poupar dinheiro. Uma das alternativas é a chamada economia colaborativa. Esse modelo consiste no compartilhamento, principalmente, de objetos, roupas ou outros materiais, seja com base na troca ou na venda de usados. Mas, para quem é adepto ao meio tradicional, de buscar presentes em shoppings, o especialista em economia, o professor Newton Marques recomenda a pesquisa do preço em mais de um estabelecimento.

Foto: Maria Carolina Morais/Agência de Notíicias Ceub

Os presentes mais baratos são os mais procurados, geralmente em lojas atacadistas e em centros comerciais que não sejam shoppings. A intenção do cliente é levar produtos bons, mas, ao mesmo tempo, economizar. Isso não foi diferente em 2016.  Mas, mesmo com a vontade de muitos em poupar dinheiro, uma pesquisa realizada em 2017 pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) estimou que as vendas natalinas deste ano devam aumentar 4,3% com relação a 2016.

 

Uma boa alternativa para os que pretendem gastar pouco e, ao mesmo, tempo não abrir mão da qualidade são os brechós, lojas de venda de produtos usados que fazem parte da economia colaborativa.  Em pesquisa realizada no ano de 2012, pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Distrito Federal (Sebrae-DF) o número de lojas que trabalham com a venda de usados aumentou 264%, entre 2007 e 2012.

Por já ter tido experiências anteriores em bazares de igreja, há cinco meses a aposentada Maria de Fátima Dias, 62 anos, decidiu abrir um brechó em Águas Claras. A venda dos usados em seu brechó é feita por meio da consignação, que consiste em um contrato em que o cliente vende mercadorias, obtendo parte do lucro, além disso, as mercadorias que não são vendidas depois de um tempo são devolvidas. Fátima afirma que a clientela tem aumentado. “Os brechós tem sido uma alternativa até para quem tem dificuldade de comprar roupa”, destaca.

Fátima ressalta que os clientes buscam presentes na loja, pois muitos vendem a peça para o brechó ainda com etiqueta, o que facilita esse tipo de compra. Sobre as vendas de final de ano a aposentada afirma que já teve o sinal claro do aumento de vendas já no fim de outubro e início de novembro. “Estou me preparando para esse aumento de vendas, adquirindo peças novas, principalmente roupas de festa para que as pessoas não só procurem presentes, mas também roupas para usar nas festividades de final de ano”, explica

Troca

Além dos brechós, existem alternativas também para quem não gastar nada. Atualmente, diversos grupos de troca nas redes sociais contribuem para essa ação. O Boomerang, do facebook, é um desses grupos, não só de trocas de produtos, mas também de experiências. Atualmente, com mais de 13 mil participantes, a comunidade é baseada somente em doações, nada de vendas. Isso tem sido uma opção para pessoas como Nina Mess, 25 anos, que trocou uma blusa por uma estátua de Buda em cerâmica para presentar seu namorado. Resultado: ele amou o presente e o melhor foi que a estudante não gastou nada.

Laís Mota, 25 anos, também participa do grupo e, em dezembro de 2016, teve a ideia de trocar o que faz para presentear outras pessoas. A estudante produz mandalas em madeira e trocou seu trabalho por uma ilustração que deu de presente para seu namorado na época. “O intuito era trocar com quem faz para não precisar gastar com isso e incentivar e divulgar o nosso trabalho”, acrescenta.

Maria Carolina Morais

Sob supervisão de Isa Stacciarini

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