Campo perfumado: vendedores de flores afirmam que crise não impactou mercado

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No Ceasa, o pavilhão exclusivo de flores, com mais de 20 boxes, sintetiza um ramo que a crise não derrubou. A venda de flores no Distrito Federal cresce, em média, cerca de 15% ao ano, segundo dados da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural(Emater), e movimentou, no ano passado, cerca de  R$2 de milhões.

Um dos produtores bem sucedidos é Vanderlei Souza, de 56 anos, que trabalha desde 2011 com produção. Ele afirma que o mercado em Brasília tem lhe trazido “bons lucros” e que não sentiu os efeitos da crise. Ele diz que a produção cai, mas não deixa de vender. As rosas são as flores mais vendidas em épocas comemorativas (dias das mães, dos namorados,festas de final de ano). As vendas ultrapassam 50% em relação ao ano anterior.

As espécies mais vendidas no Ceasa são as rosas vermelhas,brancas e as mais raras que são as rosas do deserto e as suculentas. Brasília está ficando cada vez mais independente, o que aguça o interesse de produtores em investirem cada vez mais nesse ramo.

Regeane Moraes, 32, trabalha no Ceasa no box 0809, com mais de 50 espécies, dentre elas, suculentas ,rosas do deserto e bromélias. Os lucros variam “Posso dizer que já vendi 35% a mais que ano passado, isso porque o ano ainda não acabou. Os preços variam muito.Tenho flores entre R$ 15 e R$ 120.

 

A especialista em orquídea Fernanda Lacerda, 35, afirma que existem mais de 50 mil espécies da planta, 20 mil encontradas diretamente na natureza e 30 mil produzidas em laboratório. Apaixonada por elas, cultiva e vende exclusivamente orquídeas em sua loja. Ela diz não saber ao certo quantas espécies de orquídeas produz, mas que chega “perto de 600”. A mais rara que ela tem disponível é a Orquídea Jardim Phalaenops, que custa R$ 463,56. A mais barata é a mini Orquídea branca, R$ 129,90.

Líder

 Brasília é a maior produtora de flores do centro oeste e a terceira do país,esse mercado de flores cresceu bastante nos últimos anos na capital,onde se cultivam centenas de espécies. Mesmo com a crise ,esse ramo não sentiu os prejuízos causados pela crise, aponta a Emater. O Distrito Federal conta hoje com 139 produtores em 545 hectares.

A Associação de Flores e Plantas de Brasília (Sindigêneros) afirma que a produção brasiliense não é muito diferente daquela de outros mercados, mas certas adaptações nas condições de cultivo, tiveram que ser feitas para garantir a sobrevivência de algumas espécies de flores mais delicadas que não sobreviveriam fácil em meio ao Cerrado,como a  climatização e o fornecimento de água de acordo com as necessidades da cada flor,planta.

Segundo a Emater, a planta que menos se adapta ao clima de nossa cidade são as rosas, elas têm mais dificuldades que as Alpínias. Bromélias  são exemplos que duram mais que as rosas e outras plantas de climas temperados. As rosas em específico duram menos tempo(murcham) do que qualquer outra espécie, mas as vantagens do consumo flores da nossa cidade é que elas saem da colheita(campo) diretamente para as lojas e não passam por câmara fria.

Com as mais variadas e exóticas flores a oferecer, os consumidores natos que são aqueles que compram sempre independente de época e adoram as variedades de flores. A dona de casa Maria Fernandes, 59, compra flores semanalmente: -adoro enfeitar minha casa e o cheiro que eles deixam pelo ar,toda semana venho aqui no Ceasa e eles sempre tem alguma novidade em relação a flores eu amo.

O Ceasa conta com mais de 45 vendedores com cerca de 100 espécies, dentre elas, orquídeas, bromélias, frutíferas e rosas do deserto. O espaço é aberto de segunda à sexta feira de 5h às 17h e sábado de 05h às 14h.

Por Priscila Marques

Sob supervisão de Luiz Claudio Ferreira

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