Nada estraga o bom momento do Atlético com a torcida. Nem mesmo a derrota hoje, por 3 a 0, para o Flamengo, foi capaz de deixar o atleticano triste. Durante o intervalo, mesmo com o revés parcial de 2 a 0 no placar, a torcida deu provas da paixão pelo Galo e cantou por 15 minutos. No final, mesmo com a derrota incontestável, a torcida, que era minoria entre os mais de 31 mil pessoas que pagaram ingresso, cantou “é campeão” antes de deixar o Mané Garrincha.
A lua de mel com o time não é só pela recente conquista da Copa Libertadores da América, mas também pela oportunidade, depois de 5 anos, de rever o time em gramados brasilienses. O último jogo do Atlético em Brasília havia sido em outubro de 2006, contra o Gama, em jogo válido pela Série B. “Tinha muito tempo que o Galo não jogava em Brasília. Como vou pouco a Minas, só posso assistir quando o time vem aqui. Estou feliz com esse retorno da equipe à cidade”, disse o torcedor Amauri Carvalho.
Apesar do longo tempo longe de Brasília, tem quem comemore o fato de o time jogar aqui apenas uma vez neste Brasileiro. O motivo é simples: economizar para o Mundial Interclubes, em dezembro. “Pensei em não vir. Estou juntando qualquer dez reais, para viajar para o Marrocos”, revelou o atleticano Maurício Cunha antes do jogo. Segundo ele, os 90 reais que pagou pelo ingresso farão falta nas economias. “Qualquer dez reais faz falta, mas vale o esforço pelo Galo”, brincou.
Com a derrota, o Atlético entrou para a zona de rebaixamento. Visivelmente chateado com o resultado, o técnico Cuca fez questão de ressaltar que o destaque da tarde era a torcida. “O torcedor compareceu em ótimo número e, em alguns momentos, fez mais barulho que a torcida do Flamengo”, elogiou o treinador.
Organizada – A Galoucura, torcida organizada mais famosa do Atlético, não assistiu a primeira metade da partida. Por motivos de segurança, a Polícia Militar só autorizou a entrada desses torcedores no intervalo do jogo, como já havia acontecido com a torcida Jovem do Santos, em junho. Ainda assim, os membros da Galoucura não perderam o ânimo e comandaram a festa a partir da segunda etapa. No final, deixaram o estádio com os ônibus escoltados por carros do Batalhão de Operações Especiais.
Por Anderson Olivieri – Agência de Notícias UniCEUB