Conselho de Medicina sente baque de derrotas seguidas e dispara contra governo

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Em uma verdadeira guerra de argumentos, a classe médica já coleciona duas importantes derrotas frente ao governo federal: a não aprovação do ato médico como a categoria projetava e também a implantação do Programa Mais Médicos. No primeiro caso, a presidente vetou itens que davam mais poder à regulamentação profissional e, do outro, os conselhos federal e regionais brasileiros engolem a seco a chegada de profissionais estrangeiros. “O ato médico foi uma derrota, tal como foi aprovado e esse Mais Médicos é esdrúxulo”, disparou Luiz Alberto Bacheschi, da Comissão de Ensino do Conselho Federal de Medicina.

Em meio a tantas polêmicas e na tentativa de convencer a população de que não são necessários mais médicos, mas sim aperfeiçoamento de infraestrutura, a linha de ação do CFM é rebater todos os argumentos. A questão é que não encontra respaldo em um maciço apoio popular. O  programa Mais Médicos do governo federal,  prevê a contratação de 15 mil médicos – brasileiros e estrangeiros – para atuarem no Sistema Único de Saúde (SUS) em áreas carentes e na periferia das grandes cidades.  Bacheschi, acusa que o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que é “um bom médico”, tinha compromissos com o governo e com o PT. Bacheschi disse ainda que a medida não resolverá o problema da saúde, que, segundo ele, “está um caos”.

 “Ele (Padilha) passou a fazer política partidária. Como é médico, ele foi muito bem saudado como ministro da Saúde. O problema é que ele tinha compromissos muitos mais fortes com o governo e com o partido do que com a classe médica”, questionou.

 Por outro lado, o representante do CFM se contradisse ao dizer, em um primeiro momento, que faltavam médicos no Brasil. Durante entrevista no UniCEUB, Bacheschi disse, em vários momentos, que o que falta é investimento na infraestrutura e que o Brasil, com dois médicos para cada mil habitantes, está com o índice acima do indicado pela Organização Mundial da Saúde. Para ele, “o SUS é o projeto do paraíso mas teria de haver investimento, financiamento”. O conselheiro defendeu, em muitos momentos, que se gaste mais dinheiro com a saúde brasileira. Já o ministro da Saúde afirmou, em outra ocasião, que serão investidos quase R$2 bilhões em saúde até 2014.

Por Lucas Salomão – Agência de Notícias UniCEUB

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