TRÂNSITO PARADO – Em Brasília, taxistas já evitam rodar em horário de pico

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Taxímetro ligado, o carro parado para angústia de motoristas e passageiros. O que não agrada a ninguém já passa a ter reflexos: motoristas de táxis na capital do Brasil garantem que evitam rodar justamente num dos momentos em que a população mais precisaria: o horário de pico (7h às 9h e das 17h às 19h).

A capital do Brasil, de 53 anos, experimenta assim um dos problemas típicos dos grandes centros urbanos e as consequências da falta de planejamento na área de transporte público. Em abril de 2013, por exemplo, Brasília registrou mais de um milhão de carros transitando na cidade, um aumento de 90% desde 2003, segundo o Denatran. Esses números indicam a predisposição ao caos que existe em determinadas situações em vias mais movimentadas. Os números indicam como pode ser exaustiva a cidade em horários de pico. Esse cansaço é maior para aqueles cuja necessidade é dirigir para manter a renda familiar.

O taxista Neilton Domingues definiu o trânsito em Brasília como “caótico e estressante”. Taxista há 26 anos, Domingues sofre durante o horário de pico. O grande fluxo de carros, principalmente, por volta das 18h, sua rotina de trabalho. Outros profissionais, como Lindomar Ferreira Martins, preferem deixar de atender aos passageiros, já que, como o taxímetro roda conforme a quilometragem, o período de movimento intenso e tráfego congestionado não são lucrativos.

Em táxis chamados por telefone, a falta de atendimento dos carros é praticamente a mesma. Como a condição para se trafegar nas vias atrasa a chegada dos táxis, muitos passageiros desistem de esperar.

Os números ainda não assustam o também taxista Paulo Márcio Alves, que considera o trânsito de Brasília, hoje, o melhor do país. Para ele, isso se deve ao fato da cidade ter sido planejada, o que possibilita maior estrutura às vias. Mesmo assim, Alves não enfrenta congestionamentos com frequência já que seu horário de trabalho encerra às 16h. Tudo isso para evitar passageiros em períodos mais conturbados.

Devido ao intenso número de automóveis, há taxistas que preferem se ausentar do ponto e não atender aos telefonemas, como é o caso de Lindomar Martins. Sobre isso, o sindicato diz que “o taxista é um condutor autônomo e não tem como definir horário de trabalho”. Ainda segundo o sindicato, os taxistas podem não chegar no horário marcado com o cliente pelo “grande problema que temos em nosso trânsito”.

Por Jade Abreu – Agência de Notícias UniCEUB

Com edição de Lucas Salomão

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