Assunto em praticamente todas as esferas da sociedade, o aborto virou tema de debate em pelo menos 17 projetos apresentados no Congresso Nacional. Seja no Estatuto do Nascituro, seja em discussões na alteração da Constituição, o direito sobre poder ou não abortar, e em quais situações hipotéticas poderiam ser feitos, é centro de polêmicas.
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A presidente do Movimento Nacional da Cidadania pela Vida Brasil Sem Aborto, e doutora em microbiologia e professora do Instituto de Biologia da UnB, Lenise Garcia, afirmou que, em muitos casos, não é a mulher que decide por abortar, e sim, o homem. “Fala-se muito em liberdade da mulher mas muitas vezes quem decide pelo aborto é o homem. Seja um namorado que não deseja ter um filho no momento, seja um homem casado com relação extraconjugal”.
A professora também rebateu argumentos de movimentos feministas que criticam o Estado brasileiro por não dar às mulheres o “direito de abortar, o direito ao próprio corpo”. Segundo a presidente do movimento contra o aborto, que se diz feminista por defender todos os direitos da mulher, o aborto “não é um direito”.
“Em todo procedimento abortivo você tem uma morte. Isso [o aborto] não vai ser a solução para o problema. Eu sou feminista, defendo todos os direitos da mulher. Mas não penso que o aborto seja um direito”, disse em entrevista no UniCEUB.
De acordo com Lenise Garcia, os argumentos de alguns cientistas de que com até 12 semanas de gestação o bebê ainda não está com o sistema nervoso central formado são contraditórios. “No momento em que se dá a fecundação, aquela única célula já é um humano. Não é como se fosse um protozoário, que evoluísse até se tornar humano após 12 semanas”. Ela ainda criticou o argumento de que nem todas as gestações irão para frente e que até as 12 primeiras semanas, o feto não está desenvolvido. “O fato de ter a possibilidade de morrer não te dá o direito de matar”.
Por Lucas Salomão e Luciano Villalba Neto – Agência de Notícias UniCEUB