Na fila do Centro Pop, vivências e traumas de pessoas em situação de rua

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Por volta das onze horas da manhã, a fila em busca de comida já está formada. Cada pessoa ali, possui uma história, um motivo, uma luta. Essa cena se repete todos os dias na porta do Centro Especializado para Pessoas em Situação de Rua (Centro-POP) localizado em Taguatinga. A maioria prefere não se identificar com o nome inteiro. Eduardo, 38 anos, em situação de rua, trazia o desalento no rosto e nas palavras. “Só não morri ainda porque Deus não deixou”. Há dois anos nessa condição, ele viveu situações em que encarou a morte mais perto.“Já levei 7 tiros uma vez no ano passado. Eu estava dormindo e chegaram atirando. Nem sabia o que estava acontecendo. Acordei três dias depois”, relata. Segundo o informaram, ele foi alvo de tiroteio que envolveu a polícia. A reportagem não conseguiu confirmar a história.

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 Próximo a Eduardo, Renata, 40 anos, também enfrenta momentos difíceis. Precisou deixar a própria casa, porque não tinha dinheiro para pagar despesas. Perdeu também a guarda dos filhos e, agora, vive nas ruas. Ela trabalha com uma igreja evangélica e vende sacos de lixo. Mas o rendimento não é suficiente para pagar aluguel. Ela dorme pelas ruas de Taguatinga, sem lugar certo. Renata também sofreu agressão inesperada de outra mulher em situação de rua. “Ela achou que eu estava com o namorado dela. Acho que era uma pedra e já acertou na minha cabeça. Quase eu morro. Fiquei sem saber o que estava acontecendo e minha blusa ficou lavada de sangue.”

Confira a matéria na íntegra

Por Julyanna Nepomuceno e Rafaela Martins

Supervisão de Luiz Claudio Ferreira

 

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