Sistema público no DF oferece parto humanizado em quatro unidades de saúde

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Em contraste aos 34,3% de cesáreas no sistema público no Distrito Federal (a Organização Mundial de Saúde recomenda que essa porcentagem não passe de 15%), o parto humanizado é opção de assistência especial nos hospitais regionais do Gama, Santa Maria, Asas Sul e na Casa de Parto de São Sebastião.
  Ao escolher o parto humanizado como procedimento, a mulher pode optar pelo corte do cordão umbilical tardio, além de ter a possibilidade de amamentar o bebê nos primeiros minutos de vida. Conforme especialistas apontam, quase não há intervenção médica e não existem restrições de acompanhantes durante o procedimento. A Secretaria de Saúde informou que o serviço humanizado funciona na Casa de Parto de São Sebastião, no Hospital Regional do Gama, na Asa Sul e em Santa Maria.
O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) defende o parto normal humanizado e já possui regulamentações específicas para sua realização em Centros de Partos Normais e Casas de Parto. Porém, o Conselho Federal de Medicina (CRM) recomenda que os partos sejam, preferencialmente, realizados em ambiente hospitalar, pois caso haja necessidade de intervenção cirúrgica, os profissionais já estão disponíveis no local.
Referencial
A Casa de Parto de São Sebastião se tornou um modelo no Distrito Federal. O local estabeleceu um protocolo que contém as regras mínimas que avaliam o baixo risco da gravidez. Os requisitos necessários são ter até 42 anos, feto deve estar cefálico – com a cabeça para baixo –, realizar no mínimo seis consultas de pré-natal e a gestante estar em trabalho de parto.
A chefe da Casa, Jussara Vieira, 49 anos, explicou que o trabalho realizado segue os “sentimentos” da mãe. “As mulheres são acostumadas com o serviço de saúde, onde devem obedecer aos médicos. Aqui, a gente muda um pouco essa história. A mulher tem o direito de escolher como quer parir”, destacou Jussara.
Fadas madrinhas
 Um dos grandes diferencias do Parto Humanizado é o presença das doulas. Elas são mulheres que dão suporte físico e emocional a gestantes durante e após o parto. O Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (CREMERJ) chegou a vetar em 2012, a presença de qualquer profissional durante o parto que não esteja incluído no quadro da equipe médica do hospital. Porém, no dia 30 de julho, a Justiça Federal suspendeu as resoluções. Para a doula Adèle Valarini, que trabalha em São Sebastião (DF), a presença das profissionais é importante. “Ficamos o tempo todo com as gestantes e utilizamos métodos que auxiliam a diminuir a dor das contrações”, contou.
 Durante o parto, a doula funciona como uma interface entre a equipe de atendimento e o casal. Ela explica os termos médicos e os procedimentos hospitalares e elimina a eventual frieza da equipe de atendimento. A doula auxilia a gestante a encontrar posições mais confortáveis para o trabalho de parto, mostrando formas eficientes de respiração e propondo medidas naturais que podem aliviar as dores, como: banhos, massagens e relaxamento.

Por Patrícia Figuerêdo e Jéssica Nascimento – Agência de Notícias UniCEUB

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