O Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) do Paranoá, unidade da rede pública de saúde, vai promover, no dia 19 de dezembro, uma oficina de capoeira voltada a pacientes e comunidade da região. A oficina terapêutica realiza um trabalho de reinserção social. O professor de capoeira Antônio Carvalho, que é psicólogo, explica que muitas pessoas estão num estado de isolamento e o trabalho com essa atividade resgata essa socialização.
“A gente tem um resultado muito legal por meio da capoeira. A gente faz esse trabalho onde as pessoas vão se ajudando a partir dos limites de cada um”. Toda segunda-feira pela manhã a atividade reúne, no salão da administração do CAPS do Paranoá, pessoas interessadas e faz um trabalho que envolve alongamento, relaxamento com música, brincadeiras e jogos, sempre procurando respeitar o tempo de cada um, no processo. O trabalho acontece há cinco anos.
Um dos objetivos é de integrar e resgatar laços de pertencimento. A ideia do CAPS do Paranoá é de organizar um batizado de capoeira, ritual que acontece anualmente nos grupos. É o momento em que se entrega a primeira corda da capoeira, uma iniciação, explica Antônio Carvalho, “Então, como são pessoas que estão nesse isolamento social, fora do mercado de trabalho, com famílias desestruturadas, perderam muitos laços sociais. Essas perdas incluem esses rituais”, afirma o professor. O evento será organizado em conjunto com o grupo de capoeira Beribazu.
Foi organizada uma vaquinha virtual, na qual foram arrecadados R$ 2,1 mil, para comprar os uniformes dos participantes e material para capoeira. Quem quiser colaborar pode entrar em contato com o psicólogo e professor Antônio Carvalho pelo número (61) 98102-2031. Ainda fazem parte do grupo a assistente social Luana Dallposso e o fisioterapeuta Vinícius Vitorino, ambos residentes em saúde mental na Secretaria de Saúde do DF, além de professores de capoeira.
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Por Larissa Calixto
Vídeo: Divulgação
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira