Comédia “Cine Holliúdy 2” investe agora em ficção científica

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Diretor está falido e vende cinema para pastor. Foto: Divulgação

 

Ambientado em Pacatuba ou Pacawood, essa é mais uma saga do genial humor cearense. A história do “Cine Holliúdy” está de volta aos cinemas. Nesse segundo longa, o filme do diretor cearense Halder Gomes é uma divertidíssima ficção científica abrasileirada, que traz a continuidade da história de um nordestino cinéfilo.

Nesse episódio que traz uma “Guerra nas Estrelas sertanejas”, Francisgleydisson (Edmilson Filho) está prestes a abandonar a paixão de sua vida: o cinema. No primeiro filme, o  herói triunfa sobre o avanço dos televisores com sagacidade de suas artes “cínicas.” Contudo, dez anos depois, perde a batalha para a tecnologia e é obrigado a vender o seu negócio. Em dívida, ele se muda para a casa da sogra junto do filho Francin (Ariclenes Barroso) e da esposa Maria das Graças (Miriam Freeland) e passa suas noites vadiando com um colega.

Em uma de suas peripécias noturnas, Francisgleydisson é surpreendido por uma luz “cegante” vinda do céu e seu amigo é sugado para dentro dela. O ocorrido acaba servindo de pano de fundo para o ousado plano de salvação do cinéfilo cearense: dirigir um longa-metragem de ficção científica no meio do sertão.

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O filme tem legendas para aqueles que não estão familiarizados com o vocabulário e é uma imersão em uma das muitas línguas faladas em brasileiro: o cearencês. “Cine Holliúdy 2” é também uma experiência visual repleta de cores e efeitos especiais que enchem os olhos. A trama, ainda mais absurda que a primeira, traz em seu elenco rostos conhecidos da televisão como Samantha Schmutz, Chico Diaz, Sophia Abrahão e Milhen Cortaz com atuações louquíssimas e extra-mundo.  

O humor vem salpicado de crítica política (“Temer jamais”) e religiosa (sobre o poder financeiro da igreja), algo que não se percebia no primeiro filme. Outros temas foram introduzidos e mesmo o teor das piadas se mostrou mais consciente e menos reforçador de estereótipos (em relação ao primeiro filme). Além disso, as figuras femininas lideram boa parte das cenas e tiveram maior espaço nas decisões tomadas dentro da história. Toda essa politização é apresentada de maneira bastante descontraída. O filme com certeza vale o tempo na poltrona.

Confira o trailer oficial do filme: 

Por Yoneila Santos*

*A convite do Espaço Z

Supervisão de Luiz Claudio Ferreira

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