Embraer participa da produção de novas corvetas para Marinha

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O consórcio denominado “Águas Azuis” fez a proposta vencedora para a produção de quatro corvetas para a Marinha. Os navios devem estar prontos entre os anos de 2024 e 2028. Segundo a Marinha, há possibilidade da geração de cerca de 2000 empregos diretos e 6000 empregos indiretos. O resultado foi divulgado na semana passada e oficializada na 12ª Feira LAAD Defense & Security, a mais importante feira latinoamericana de defesa e segurança que está acontecendo no Rio de Janeiro.

O grupo de empresas formado para o projeto são as brasileiras Atech Negócios em Tecnologias S/A e Embraer Defesa e Segurança com a alemã Thyssenkrupp Marine Systems, e mais o estaleiro nacional Alianças. Trata-se de uma corveta baseada nos navios Classe Meko A100, modelo fabricado e aperfeiçoado pela Thyssenkrupp para diversas marinhas do mundo todo, mas com as dimensões aumentadas para se adequar ao tamanho do mar territorial brasileiro, aproximando-se das características de uma fragata leve.

Corvetas e fragatas estão entre os tipos de navios mais importantes para a defesa naval do século 21, principalmente para a proteção do mar territorial brasileiro. São embarcações capazes de enfrentar ameaças de naturezas diversas, proteger o tráfego marítimo tanto de navios tanto militares quanto civis, controlar as áreas marítimas sob jurisdição brasileira, realizar missões de defesa tanto aproximada quanto afastada e projetar poder mundo afora, como o que é feito hoje pela Marinha com sua Fragata União, atual nau capitânia para a Força Interina das Nações Unidas no Líbano.

Atualmente, para desempenhar essa função, a Marinha conta com duas corvetas Classe Inhaúma e uma Classe Barroso em plena operação, além de uma frota maior de fragatas. As três corvetas foram construídas entre 1989 e 2008. Para aumentar e modernizar sua frota de corvetas, a Marinha publicou em dezembro 2017 uma solicitação de ofertas para a construção de uma nova classe de corvetas que seria batizada Classe Tamandaré.

Ao todo, foram enviados para a Marinha nove projetos realizados por consórcios do mundo inteiro. Os projetos foram analisados seguindo 215 diferentes critérios, divididos em quatro categorias maiores: desempenho do navio, ciclo de vida, modelo de negócio e grau de participação na indústria nacional. Todos os processos envolvidos nas propostas de fabricação passaram por uma permanece análise de riscos, e a seleção envolveu também diversas instituições civis como a Fundação Getúlio Vargas e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social

As corvetas Classe Tamandaré contarão com modernos sistemas de lançamento de mísseis antinavio e antiaéreos, dois canhões de alta velocidade, um sistema de lançamento de torpedos, diversas metralhadoras de grosso calibre, sistemas de despistamento e um moderno conjunto de sensores. Seu deslocamento será de 3455 toneladas, com velocidade econômica de 14 nós (25 km/h).

Por Lucas Neiva

Arte: Francine Rodrigues e Pilar Casagrande

Sob supervisão de Luiz Claudio Ferreira

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