“Medo profundo: o segundo ataque” é novo terror com tubarões e sustos

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Mia e suas amigas decidem largar um passeio da escola, que envolve ver a vida dos tubarões numa ilha localizada perto do Novo México, e vão elas mesmas mergulhar no oceano para uma aventura. Mas mal elas sabem que a brincadeira vai ter fim quando as quatro ficarem presas na caverna submersa, e terão que pensar juntas para escaparem dali. Em sua companhia, um grupo de tubarões brancos. 

A direção é de Johannes Roberts, responsável também pelo filme anterior e por outros títulos do gênero de terror, como ‘’Os estranhos: Caçada noturna’’ (2018), ‘’The other side of the door’’ (2016) e ‘’Storage 24’’ (2012), ou seja, ele já está familiarizado com que a direção de um projeto desses pode exigir, e a qualidade do roteiro reflete isso. 

Os filmes de terror que envolvem tubarões ganharam novo fôlego no longa “Águas Rasas”, de 2016. Contudo, o novo filme tem elementos que colaboram para o entretenimento do público. Primeiramente, a atriz Sophie Nélisse consegue impor sua personagem ao longo da trama. Do grupo de amigas, ela é a mais tímida e retida socialmente, e no caminho do final do filme, ela já se torna a líder das quatro, sendo a mais destemida e corajosa. As outras personagens atuam de forma secundária, servindo apenas para movimentar a trama, e inclusive, algumas de suas decisões chegam a ‘’estressar’’ o público. 

Na parte técnica, o filme conta com jump-scares, mas que, com o passar do tempo, tornam-se previsíveis, pois todos ocorrem no mesmo tipo de situação. As personagens estão presas num local, há um silêncio total no ambiente, a câmera está se movimentando lentamente, e quando o público menos percebe… aparece o ‘vilão do filme’. Além disso, o roteiro também sabe contar bem a história. O tom e ritmo do filme não são acelerados. Ele coloca as figuras principais em várias sequências que vão testar a coragem delas e deixar o público mais nervoso, mas o final do filme força muito nesse quesito. Há quatro ou cinco momentos que poderiam marcar o último corte.  “’Medo profundo: Segundo ataque’’ tem boas sequências de terror, um roteiro relativamente caprichado e é capaz de entreter seu público, apesar da falta de criatividade e de se tratar de mais um sub-gênero do terror reciclado.

Por Felipe Tusco Dantas

Supervisão de Luiz Claudio Ferreira

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