Covid: manual para clubes e escolinhas do DF recomenda cuidados especiais durante quarentena

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Na Alemanha, o futebol voltou no último final de semana. No Brasil a volta do futebol ainda é muito incerta. Pensando nisso, um grupo de pesquisadores brasilienses da área de saúde em conjunto com universitários redigiu um manual para clubes, escolinhas e atletas do DF para lidar com o período de pandemia. O documento foi elaborado por profissionais do Instituto de Pesquisa e Ensino do Hospital HOME / Centro Médico de Excelência da FIFA, a Comissão de Saúde da Federação de Futebol do Distrito Federal e o Centro Universitário de Brasília – UniCEUB.:

Clique sobre a imagem para ler o manual

Manual para os clubes e escolinhas

O objetivo principal foi informar sobre consequências que os atletas acabam sofrendo, como abalos psicológicos, mudança na alimentação, alterações nos treinamentos, entre outros, por causa da quarentena e paralisação dos esportes. No manual, também se encontram dicas de treinos para realizar durante a pandemia, orientações nutricionais e algumas ponderações em relação a saúde mental.

“O manual foi elaborado por pessoas com experiência profissional e acadêmica no trabalho com atletas em diferentes áreas de conhecimento, como Educação Física, Fisioterapia, Medicina, Nutrição e Psicologia. Tudo começou em uma reunião científica para discutir os desafios que a pandemia global do COVID-19 impôs ao treinamento e à saúde do atleta de futebol”, disse o professor de educação física Tácio Rodrigues.

Ele explica que, em um período tão conturbado, é inevitável que o atleta perca ritmo e produtividade em sua modalidade. “Porém, é de suma importância, manter seu corpo ativo, para que o prejuízo não seja muito grande no retorno das atividades em seu clube”.

O professor contextualiza que a maioria dos atletas não possui as mesmas condições de treino que encontravam nos seus respectivos centros de treinamento. Por conta disso o manual apresenta adaptações, alguns exercícios eficazes para o período. 

Alimentação

Outra pesquisadora que integrou o trabalho foi a professora de nutrição Michele Ferro. Ela esclarece que existem problemas relevantes que envolvem a alimentação dos atletas durante esse período: “Sem suas atividades normais, alguns atletas podem desenvolver uma grande ansiedade, e acabam consumindo mais alimentos, procurando um conforto maior na comida”. Ela explica que alguns atletas estão tendo uma sensação maior de liberdade em relação à alimentação, já que não estão treinando da mesma maneira.

“Por conta dessa sensação de liberdade, as escolhas alimentares não são das melhores, acabam por escolher muitos alimentos industrializados, ricos em açúcares”. Ela informou que, mesmo com as atividades esportivas paralisadas, as dietas devem ser seguidas, fazendo as devidas alterações, relacionando os treinos e o consumo de alimentos, que é essencial para manter a forma. Um dos pontos mais importantes, segundo Michele Ferro, é reduzir o consumo de industrializados, sais, açúcares e gorduras.

Por Lucas Barbosa e Vitoria Von Bentzeen

Supervisão de Luiz Claudio Ferreira

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