Ficou famosa a ideia do escritor e jornalista colombiano Gabriel García Marquez, que todo autor está sempre escrevendo o mesmo livro. Quando perguntado, qual era, então o livro dele, respondia: “o livro da solidão”. Nesta quinta-feira (dia 17 de abril), a morte do Gabo, aos 87 anos de idade, deixou seus milhões de leitores em todo o mundo com esse sentimento me descrito em espanhol: soledad. O homem que foi considerado o último grande contador de histórias do século 20 foi vencedor do Nobel de Literatura de 1982, e seu termos “em dias de cólera” foi replicado por tantas vezes, durante guerras, manifestações e tantos outros transes por quais passam os homens da pós-modernidade.
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O autor vendeu mais de 40 milhões de livros vendidos e suas obras foram traduzidas para 36 idiomas. Além do mais premiado Cem Anos de Solidão, ele marcou época com Memória de minhas putas tristes, O amor nos Tempos do Cólera e Ninguém escreve ao Coronel.
Ele é reconhecido pelo estilo de realismo fantástico em que o tempo e o espaço coexistem no mesmo instante, como a realidade e ficção. Como ocorre em Cem anos.., em que o autor desenvolve toda a trama na fictícia cidade Macondo, um lugar que poderia ser qualquer outro do mundo.
O escritor já estava debilitado. Conforme foi noticiado, ele havia sido internado há três semanas por pneumonia, no dia 3 de abril, em um hospital mexicano, recebendo alta cinco dias depois. Há dois dias, a família comunicou que a saúde do jornalista estava fragilizada, mas que era estável. O autor morreu em casa, no México
Repercussão da morte
A morte do Gabo, apelido carinhoso de Márquez, repercutiu na Internet. Em página oficial no Facebook, os fãs prestam homenagens ao escritor. Citações de livros, frases de apoio aos familiares e textos que ressaltam o autor.
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, definiu, em nota, o que o falecimento representa para o país. “Mil anos de solidão e tristeza pela morte do maior colombiano de todos os tempos”. A Colômbia, sua cidade natal Aracataca e cada Macondo pelo mundo, que lê em espanhol ou não. Gabo fica em cada história, que tratava de solidão, mas de amor ao próximo. Como está vivo, então, sua imensa e intensa obra necessita sempre de ser contada. “Tudo é questão de despertar a sua alma”, dizia Gabo.
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Por Jade Abreu – Agência de Notícias UniCEUB