Psicanalista recomenda menos exposição a notícias ruins

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Para muitos, o que estamos vivendo não é somente a pandemia de Covid-19, em que temos de fazer isolamento social, usar máscaras de proteção e utilizar álcool em gel. A pandemia trouxe outras consequências para a nossa vida, entre elas transtornos à saúde mental, em que enfrentamos problemas psicológicos, como medo, preocupação, angústia e decepções.

A psicanalista Fernanda Silva que as notícias ruins impactam o dia a dia das pessoas. “Afeta de forma que influenciam o peso do negativismo, da falta de esperança, de não enxergar que tem uma saída. As pessoas podem ficar apreensivas, angustiadas, e, no momento da pandemia, fala-se muito da morte. Recomenda-se filtrar as notícias. A gente não pode deixar de saber o que está acontecendo no mundo, mas não devemos consumir notícias em excesso”.

Entretanto, cada pessoa passa por essas dores de forma diferente, e a maioria é muito intensa para saber lidar com tantos sentimentos ruins e passar por essas fases desafiadoras.

Esses traumas psicológicos podem levar a ansiedade e até mesmo depressão. Em relação às informações que lemos diariamente nas mídias sociais, sobre as mortes da pandemia, contribuem para as consequências da saúde mental afetada das pessoas, pois todos começam a se preocupar mais em como será o mundo daqui para a frente, e as incertezas seguem tomando conta da cabeça.

“As pessoas se prendem tanto aos pontos ruins, e ao ponto da consequência, que não vai trazer um benefício, mas o malefício, que não percebe o aprendizado que pode vir a ter. A gente coloca independentemente das consequências sejam elas boas ou ruins, a jornada delas tem um ponto de aprendizado, mas ter a resiliência e a sabedoria de olhar para esse ponto de aprendizado, é um obstáculo muito grande, que muita gente frequenta que seria ver além da dor”.

 

Os sintomas da pandemia que mais tem relação com os efeitos psicológicos, que não foram acometidos pelo covid-19, como a comodidade, a intolerância devido a irritabilidade o aumento da raiva, essas emoções acabam ficando mais intensas, explica Fernanda Silva.

“Podendo levar à aceleração cardíaca. Tem gente que tem relatado essa aceleração no caso taquicardia, falta de ar, aperto no peito, que pode ser resultado da angústia, sensação de solidão extrema, ou uma vontade de isolamento, ou quem precisa sair, pode ter desenvolvimento da fobia.”

A especialista explica que o ideal é buscar por ajuda de um profissional para resolver problemas emocionais e outros afins, pois cuidar do emocional é de extrema importância para mantermos o corpo e a mente saudáveis.

Por Paloma Cristina e Érica Lorrana

Supervisão de Luiz Claudio Ferreira

 

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