Redes sociais tornaram-se o novo desafio da justiça eleitoral, diz procurador Eleitoral

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O Vice-Procurador Geral Eleitoral, Eugênio Aragão, disse, nesta semana, que a principal preocupação para as próximas eleições são as influências das redes sociais, já que não existem marcos normativos para regular as postagens de cidadãos e partidos políticos. Ele participou do seminário “As eleições que nós queremos – transparência e ética na disputa eleitoral”, promovido pela ONG Contas Abertas e pela Rádio CBN.

Segundo o vice-procurador, como o país ainda não possui um marco normativo suficientemente seguro para usar esse novo instrumento de participação, a população ainda não compreende como funciona totalmente. “Mas já se sabe que tem um forte potencial”. Entretanto, ele diz que a justiça eleitoral não consegue mensurar a influência da internet nas eleições.

Na ocasião, Eugênio enfatizou o fenômeno das redes sociais para discussões políticas que acabam aproximando os eleitores dos candidatos. Para ele, o governante está diante de um grande desafio. Assim, segundo ele, a justiça eleitoral não sabe claramente qual vai ser o tamanho da influência das redes sociais desse fenômeno de interligação, internet, nas eleições.

Revolução – Em relação à discussão tradicional ele diz Eugênio também falou sobre a trilogia da Revolução Francesa (igualdade, fraternidade e igualdade) que serve que fazer paralelo com os princípios republicanos que são fundamentais de serem preservados e para isso existe a justiça eleitoral, garantir esses três pilares da eleição. Por outro lado ele diz que o ambiente hoje está conflagrado há alguns “decibéis” acima do normal no debate político e isso de certa forma se traduz em inquietação social. “É uma preocupação que nós devemos ter e por isso nós devemos estar especialmente atentos, porque quando os decibéis sobem significa que há uma disposição muito grande ao conflito”.

Para ele o conflito se traduz em intranquilidade com o eleitor, a justiça eleitoral em que garantir um ambiente sereno para a eleição, que cada um possa consultar sua consciência e verificar o que é melhor para o país. Mesmo com todas as distorções políticas que o país tem vivido. “Estamos em um período de estabilidade ímpar”, disse. Para ele, país nunca teve um período tão longo de tanta tranquilidade, e isso também mostra um amadurecimento da sociedade. “Amadurecimento que está nos levando em a outra etapa em que a sociedade está querendo falar diretamente, ela não quer somente falar pelas urnas”.

“Eu costumo dizer que o voto no Brasil não é obrigatório, paga-se R$ 3 para não votar. Então rigorosamente isso não reflete nenhuma obrigatoriedade. É apenas um desconforto ter que ir para a junta eleitoral para ali justificar, ou ir ali mostrar o DARF com o depósito de três”

 

Por Júlia Campos –  Agência de Notícias UniCEUB

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