A universitária de agronomia Houéfa Carine Kpéhoun, de 34 anos, buscou, no Brasil, o recomeço. Ela, que nasceu em Benim, veio para Manaus fazer o curso superior na Universidade Federal da Amazônia.
Para acompanhar as aulas, precisaria aperfeiçoar o idioma na nova terra. Ingressou em um curso de português para refugiados na Universidade de Brasília (UnB). “Se você tem um desejo de estudar, deve ir até o fim”, considera a estudante. Nesse novo cenário, ela entende que a pandemia afetou a sua vida. A novidade, agora, é conciliar a saudade da família na África com um amor brasileiro.
![](http://www.agenciadenoticias.uniceub.br/wp-content/uploads/2022/03/IMG_0003-scaled.jpg)
Aliás, esse é o sentimento particular da estudante. “Nesses dois anos que passei aqui algo inesperado aconteceu. Eu me apaixonei por um brasileiro e me casei com ele. Por isso, me vejo no dilema de querer voltar para o meu país e assim praticar e ensinar o que aprendi aqui lá, e também o amor pelo meu marido. Dessa maneira, fico dividida entre o amor da minha vida e o amor da minha pátria”.
Saiba mais sobre refugiados
Pandemia
Houéfa Carine Kpéhoun veio para o Brasil em 2020. Ela já está no Brasil há dois anos por conta de um atraso no seu calendário universitário devido a pandemia. “Com a pandemia muitas coisas em minha vida mudaram, deveria estar cursando agronomia desde 2020, ano em que cheguei no Brasil, mas com os atrasos irei começar só esse ano”, diz a estudante.
“Acho que todos deveriam sair de seus países pelo menos uma vez, caso tenham a oportunidade, assim você poderá comparar as culturas e fazer descobertas novas, com isso a sua maneira de pensar vai crescer muito” diz Houéfa.
Por Maria Clara Britto (texto e foto)
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira