Os filmes coreanos entraram no gosto nacional. Muito além do sucesso do longa Parasita (6 Oscar em 2020), outras obras, incluindo ainda séries nos catálogos de streaming, o interesse pelos filmes daquele país ficou evidente desde o primeiro dia da mostra, que ficará em cartaz até o dia 3 no Cine Brasília.
Para a pesquisadora Regina Jeong, do departamento cultural da Embaixada da Coreia, a temática chega a um público amplo, incluindo animações dubladas em português.
“É uma boa oportunidade de conhecer uma cultura diferente através dos personagens, dos roteiros, das locações que foram escolhidas para fazer o filme. Vale a pena vir pela cultura que pode ser conhecida”, disse.
O primeiro dia contou com a presença do embaixador da Coreia, Lim Ki-mo. Além de filmes, o evento contou também com demonstração de comidas típicas daquele país. Os ingressos no final de semana foram esgotados.
Comida
Na parte gastronômica ficaram encarregadas as cozinheiras Bárbara Brisa e Camila Figueiredo, do projeto Maum Umsik. O projeto foi criado e desenvolvido, em 2017, pelas duas cozinheiras com o objetivo de ampliar o entendimento das pessoas a respeito da culinária coreana.
Na Mostra de Cinema Coreano o público encontraquatro pratos dos mais emblemáticos da culinária coreana, Dakgangjeong, Tteokpokki, Pajeon e Kimchi. “O Pajeon, é uma panqueca de cebolinha crocante e macia, o Kimchi de acelga, o Dakgangjeon são cubinhos de frango crocantes envoltos em um molho agridoce e o rei do streetfood coreano, conhecido como Tteokpokki, uma massa de arroz servida em molho picante”, explicou a cozinheira Bárbara Brisa.
“Para aqueles que gostam de uma comida mais picante, recomendamos o Kimchi ou o Tteokpokki. Para os veganos e vegetarianos, recomendamos o pajeon, e para aqueles que esperam muita crocância e sabores divertidos, recomendamos o Dakgangjeong. Há opções para todos os gostos”, recomendou Bárbara.
Fãs
A Mostra de Cinema teve seu primeiro dia com os ingressos esgotados. “Vim hoje porque sou muito fã do cinema coreano, já tem um tempo, e vi que alguns filmes que não tinha assistido estariam na Mostra, acompanhei hoje e irei voltar novamente”, garante Gabriela Costa.
“O filme A linha de frente é muito bem feito. A guerra é uma coisa realmente cruel e desumana, são métodos que a gente vê que perpetuaram-se. O filme também tem as partes líricas, a parte que é de emocionar, eu achei legal”, disse Ângela Torres sobre o filme “A linha de frente”.
Entrevista com Regina Jeong, colaboradora do departamento cultural
Por Maria Clara Britto (texto e fotos)
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira