Entenda o que fazem os escoteiros

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Neste sábado (23), é celebrado o dia do escoteiro. A atividade foi inventada em 1907 por Robert Baden-Powell, que aproveitou técnicas positivas da sua vida militar (camaradagem, iniciativa, coragem e autodisciplina).

 No início o escotismo era um movimento feito e praticado apenas por meninos e não havia divisão. Atualmente, qualquer pessoa pode pode integrar o grupo, tendo uma divisão entre lobinho com (6,5 a 10 anos), escoteiro com (10 a 15 anos), sênior de (15 a 18 anos) e pioneiro de (18 a 21 anos).

Agora, é praticado mais para aprender a sobreviver na selva e aprender técnicas para utilizar em situações difíceis.

De acordo com o instrutor e chefe de acampamento José de Anchieta (em Brasília), André Generino, o  escotismo ajuda tanto em tarefas diárias como em atividades para treinar sobrevivência em situações de dificuldade.

O escoteiro faz praticamente tudo. Além disso, ajuda em situações que a gente leva pra nossa vida, tanto que no ramo pioneiro a gente tem muitos debates sobre nossa vida profissional”.

“O escotismo ajuda o jovem a descobrir quem ele é pra que ele possa ser a melhor versão dele mesmo”

Herança militar

De acordo com o presidente do grupo escoteiro, Bruno Souza, a atividade tem influência da rotina militar. “O surgir dele foi o militar, durante muito tempo realmente ele trouxe muitas coisas vinculadas ou que seguiam tradições militares”.

Dentro desse contexto, de acordo com ele, isso não é algo ruim, mas, hoje em dia, esse vínculo quase não existe mais. Porém, uma parte que sempre ficará será o de fazer as coisas em equipe. “Nós não somos militares, não temos nada a ver com com a atividade militar, a não ser essa origem histórica”, comenta.

Faixas etárias

O chefe do Clã dos Pioneiros diz que o movimento escoteiro é voltado para educação. “Tem toda uma progressão. De um dos jovens, um Lobinho até o ramo pioneiro, que eles são sempre incentivados a superar desafios”.

Assim, o escotismo educa todas as idades. “Nós temos jovens entre seis e 11 anos de idade que são os lobinhos. Nós temos jovens entre 11 e 14  que são os escoteiros, e jovens até os dezoito que são seniors”.

O escotismo também é espaço para pessoas com algum tipo de deficiência “É uma atividade muito acolhedora com todo tipo de coisa raça, gênero, sexo”.

Seguindo nessa linha, com a atração de jovens, veio a terceira idade. “De dezoito a vinte e um. A partir daí, veio os chefes e nós temos atualmente no GEJA, inclusive, chefes com mais de oitenta anos de idade”.

Solidariedade

Quando eu entrei, tinha dificuldade para fazer amigos e essa atividade me abraçou, me acolheu. Foi o que me trouxe felicidade para mim”.

Uma história foi de Maria Clara Alves Dagher. Ela foi ex participante e aprendeu sobre a maturidade. “Fui crescendo minha mentalidade, fui adquirindo maturidade e aí o Movimento Escoteiro, com certeza, me auxiliou muito nesse desenvolvimento pessoal”.

O presidente do grupo escoterio, Bruno Souza tem uma visão parecida. Para ele, você entrega o seu tempo como voluntário para construir coisas legais, construir um mundo melhor, conhecendo novas pessoas.

É um movimento para os jovens onde se desenvolve autonomia e senso de responsabilidade.

“Principalmente responsabilidade para consigo mesmo, para você ser o melhor que você pode ser” e complementa dizendo que tudo isso é praticado de uma forma mais descontraída.“Acho que resumindo, trocando em palavras mais simples seria isso. O movimento escoteiro é um movimento que ajuda o jovem a descobrir quem ele é pra que ele possa ser a melhor versão dele mesmo”.

Outro ponto, é a criação de cuidados com o meio ambiente. A prática constante do escotismo ajuda as crianças a criarem responsabilidades com o mundo em que habitam.

Além de trazer um momento para as pessoas junto com a natureza e tirando o estresse por um tempo. “O movimento escoteiro fez diferença na minha vida, principalmente por conta do da moral que ele ensina”, disserta Luísa Monnerat Mulim , participante do grupo.

Foto: André Luiz

Por  Monique Del Rosso e  André Luiz de Araújo Santos

Fotos:  André Luiz de Araújo Santos
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira

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