Engenheiro desenvolve exoesqueleto mais barato depois de sofrimento da avó

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Há 4 anos, o estudante de engenharia elétrica  Matheus Soares teve uma inspiração dentro de casa para produzir um equipamento que mudaria a sua vida. A avó dele sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) que fez com que ela perdesse os movimentos do lado esquerdo do corpo. Com isso, as movimentações se tornaram limitadas, o que foi devastador para a família.

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Ela não conseguia mais fazer as atividades básicas do dia a dia sozinha, precisava de ajuda e isso acabou desencadeando também uma queda na sua autoestima. O rapaz, motivado em ajudar, construiu um exoesqueleto a partir do que aprendeu na faculdade.

O problema com a avó aconteceu quando ele estava no começo do curso de engenharia elétrica no Centro Universitário de Brasília (Ceub)  e foi aí que ele ficou convencido a criar algo para ajudá-la. Foi apenas quatro anos depois, em seu trabalho de conclusão de curso, que ele conseguiu colocar sua criação para fora do papel.

Protótipo 

Sozinho, ele desenvolveu um protótipo de exoesqueleto de membros inferiores, que a partir de sensores no tronco, consegue simular movimentações para frente e para trás. “O dispositivo é como uma roupa que a pessoa consegue vestir sozinha e o possibilita de realizar tarefas básicas do dia a dia”. Ele é direcionado àqueles que não possuem apenas movimentos nas pernas.  A avó morreu antes de saber da criação do neto. 

Movido à energia elétrica, o protótipo possui quatro motores independentes espalhados por suas hastes que respondem a um cérebro. A primeira construção foi feita toda na impressora 3D (engrenagens e caixa e impressão), mas não suportou um peso maior de 2 kg. A segunda e atual abordagem mistura plástico com alumínio, o que possibilitou o suporte de um peso maior.

Mais em conta

Além de ajudar pessoas com limitações motoras, o exoesqueleto também pode ser usado como equipamento de reabilitação na fisioterapia. O custo comercial seria por volta de R$10 mil, mas o projeto ainda precisa passar por reformulações, inclusive para tornar a movimentação mais orgânica. Uma alternativa para baratear o preço para cerca de R$ 2 mil seria usar fibra de carbono ou fibra de vidro, no lugar do alumínio e também fazer uma redução no grau das movimentações.

Por Maria Eduarda Prado
Foto: Gabriel Telles

Supervisão de Luiz Claudio Ferreira

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