Agosto Lilás: secretária da Mulher garante que há atendimento seguro na denúncia de violências

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A Secretária de Estado da Mulher, Vandercy Camargos, entende que a campanha que envolve o “Agosto Lilás” amplia o impacto de conscientização para denunciar violência contra mulheres. Para ela, a temática faz com que a sociedade compreenda a importância da igualdade entre homens e mulheres e que a violência seja combatida o tempo todo. 

No Distrito Federal, o cenário é de preocupação. Os casos na capital do País e nas regiões administrativas somaram mais de 17 mil ocorrências de violência contra as mulheres. De acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública, em 2022, oito mulheres são agredidas por dia no Distrito Federal.

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Atualmente existem 31 delegacias em todo o DF, sendo que 5 dessas são destinadas ao atendimento à mulher (Núcleo Integrado de Atendimento à Mulher, no Núcleo Bandeirante, Deam 1: da Asa Sul, Deam 2: de Ceilândia, a 29ª DP do Riacho Fundo e a 38ª DP, em Vicente Pires.    

O Brasil ainda é um dos países com maiores índices de feminicídio e estupro. Dados divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram que em 2021, uma mulher foi vítima de feminicídio a cada 7 horas, em média. Os registros de estupro de mulheres e meninas chegaram a 56.098 casos.

A secretária ressalta que a violência parte, por vezes da própria família. Com isso, ela explica que existem meios de comunicação em casos de violência doméstica, como o sinal vermelho.

“A mulher mostra a marca na mão e as farmácias, os mercados, os postos, os bares ligam para a polícia e encaminham essa mulher.” 

Opressão

Em pesquisa realizada pelo Datafolha, foi constatado que 52% das mulheres que sofreram algum tipo de agressão, não denunciaram. Muitas têm receio de realizar a denúncia por temerem novas agressões ou até por terem criado dependência emocional pelo agressor e não conseguirem identificar os crimes.

Para combater esse problema, a secretária quer aumentar a percepção de segurança de quem faz a denúncia “A mulher precisa entender que, ao adentrar qualquer um dos nossos equipamentos, ela está segura. Eu aconselho que nos procurem, procure o Estado que nós estamos preparados para resolver essa questão.”

Além de ocupar o cargo de Secretária de Estado da Mulher, Vandercy, que é mestre e doutora em Educação, já foi Secretária da Educação e ressalta a importância da educação no combate à violência contra a mulher.

“A educação é a base de tudo na vida, por isso precisamos trabalhar com as crianças, com os jovens, e com os adultos. Estamos em um século onde não deveríamos mais precisar falar sobre violência contra a mulher, além disso, após diversas campanhas educacionais, as mulheres estão denunciando mais, elas adquirem o conhecimento, e denunciam.”

Agosto Lilás

Foi aprovado pelo Senado a lei que institui em todo o país o Agosto Lilás, mês a ser dedicado à conscientização pelo fim da violência contra a mulher. A proposta prevê que, anualmente, a União e os estados promovam ações de conscientização e esclarecimento sobre as diferentes formas de violência contra a mulher.  O “Agosto Lilás” é uma campanha que faz referência ao aniversário da Lei Maria da Penha, instituída pela Lei nº 11.340 (de 07 de agosto de 2006), que em 2022 completou 16 anos.

Outro serviço é a Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180) presta escuta e acolhida qualificada às mulheres em situação de violência. O serviço registra e encaminha denúncias de violência contra a mulher aos órgãos competentes, bem como reclamações, sugestões ou elogios sobre o funcionamento dos serviços de atendimento. O Ligue 180 atende todo o território nacional e também pode ser acessado em outros países. 

Por Marina Tuchal e Gabriel Garcia
Foto: Agência Brasil

Supervisão de Luiz Claudio Ferreira

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