O Brasil é o país em que mais são realizadas cirurgias plásticas no mundo. A última pesquisa da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), revela que mais de 1,4 milhão de procedimentos foram realizados em 2021. A cirurgia de implante de silicone é a mais popular, seguida da lipoaspiração.
Procuramos jovens na Asa Norte, em Brasília, para saber a opinião deles a respeito da divulgação de cirurgias plásticas nas redes sociais e se isso afeta a autoestima deles.
Confira o vídeo:
De acordo com o último Censo da SBCP, realizado em 2018, 79,4% das pessoas que passam por cirurgias plásticas são mulheres e 20,6% são homens. Mesmo que ainda muito inferior ao feminino, o percentual masculino cresceu cerca de 5% nos últimos 4 anos.
Outro dado interessante do último Censo é que 60,9% dos cirurgiões plásticos afirmaram que utilizam a rede social Instagram profissionalmente. Em, 2016, esse número era de 35,9%. Os levantamentos da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica dos últimos dez anos também apontam que houve um aumento de 141% nos procedimentos em jovens de 13 a 18 anos, público bastante familiarizado com as redes sociais.
Também no Instagram, muitas influenciadoras digitais passam por procedimentos estéticos e compartilham o processo em seus perfis. É o caso de Virgínia Fonseca, por exemplo, que tem quase 40 milhões de seguidores na rede, com um público predominantemente jovem e feminino.
Riscos da cirurgia plástica
Nem todos conseguem ter uma recuperação “perfeita”. Um exemplo disso na mídia foi o caso da influenciadora digital Liliane Amorim ,que não resistiu às complicações de uma lipoaspiração e acabou falecendo em 2021. O índice de mortalidade da cirurgia é de 19 óbitos a cada 100.000 cirurgias realizadas.
Por Maria Cecilia Lima e Maria Tereza Castro
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira