Curta sobre sergipano de 100 anos comove Brasília

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Um sergipano da pequenina cidade de “Tomar do Geru” completa 100 anos e está sem voz por causa de um câncer na laringe. O comovente documentário sobre a história de Zé Dias foi o grande destaque da quarta noite do Festival de Cinema de Brasília (sexta, 19). O filme de  23 minutos, dirigido pelos paulistas Fábio Baldo e Tico Dias (neto do personagem principal), foi recebido com entusiasmo pelo público que mais uma vez lotou o Cine Brasília.

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Fábio Baldo contou para a Agência de Notícias UniCEUB que teve vontade de produzir o filme desde o momento em que conheceu o “Seu Zé”. “Ele é avô do Tico. Conheci o Zé no casamento do irmão do Tico e fiquei uma hora tentando estabelecer uma conversa. Ele me entendeu mas eu não o entendia muito bem. Depois daquilo decidi que queria fazer um filme sobre a vida dele”, contou. Tico explica que o avô perdeu a fala quando fez a traqueostomia para tratar o câncer.

Os diretores descreveram que gravar com Zé foi diferente pelo fato dele nunca ter tido nenhum contato sequer com cinema. “No começo tivemos que explicar passo a passo até que ele se acostumasse com a câmera e a linguagem. Com o passar do tempo até ele sabia quando fazia algo errado e já queria repetir a cena”, lembrou Fábio.

Narrativas híbridas

A noite de sexta teve também o curta “Vento Virado” dirigido pelo mineiro Leonardo Cata Preta. A ficção de 21 minutos recebeu poucos aplausos da plateia que não recebeu bem as imagens escuras, cenas sem diálogo e história não linear.

Ainda na mostra competitiva, o longa exibido foi “Pingo d’Água” do paraibano Taciano Valério, com narrativa ousada. A ficção em preto e branco aborda a dificuldades no relacionamento, medos, suicídio, atuação e libertação pessoal. Seus oitenta minutos de diálogos complexos não deixam claro em que momento são documentais, e em quais trata-se da mais pura ficção.

De acordo com Tico, diretor do documentário “Geru”, os filmes escolhidos para essa sexta-feira foram “filmes estranhos”. “São histórias que te tiram da zona de conforto e são interessantes por isso, gostando ou não”, afirmou.

Por Thaís Magalhães – Especial para a Agência de Notícias UniCEUB

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