A 11ª edição do Festival do Japão chegou em Brasília para reunir os amantes da cultura japonesa. O evento, que começou na sexta-feira (5) e foi encerrado no domingo (7), contou com shows, oficinas, desfiles, apresentações, concursos e comidas típicas.
De acordo com o Kunyoshi Yasunaga, coordenador-geral do Festival do Japão, Brasília concentra uma comunidade de nipo-brasileiros. “Isso tudo começou com o povoamento de Brasília, quando o Juscelino Kubitschek convidou japoneses para fornecer produção agrícola para os moradores da capital”, explica.
Com o objetivo de preservar a cultura e costumes dos pioneiros japoneses em Brasília, o evento propõe democratizar o acesso à cultura, expondo pequenos produtores, artesãos, artistas locais e de outras regiões.
O evento também contou com artes marciais, jogos de dança, estandes com comidas, vestimentas típicas e oficinas.
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Atrações
A japonesa Minamos Kodama é professora e explica que tem participado das edições do festival do Japão há algum tempo. “Todo ano eu participo do Festival do Japão, na banca do shodō, de caligrafia japonesa.”
Shodō significa “caminho da escrita” em japonês é o tipo de caligrafia japonesa mais difícil de dominar. O público pode levar para casa o nome em japonês, escrito de forma tradicional: com pincel de bambu, pedra e tinta e papel específico para caligrafia.
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O paranaense Sayuki Satake é mágico profissional há 8 anos e veio até Brasília para participar do Festival do Japão com o objetivo de mostrar a mágica de close-up.
“Diferente de mágica de palco, que o pessoal precisa de assistente e vários aparelhos, no close-up só o baralho é suficiente para o mágico fazer duas horas de show seguidas”, explica.
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Ala dos artistas
Formada em Artes Visuais pela Universidade de Brasília (UnB), Mathê Avellar estava vendendo chaveiros, cadernos, adesivos e bottons que ela mesma desenhou. A maioria dos produtos eram de dramas (séries de TV asiáticas) e ela explica que começou a vender para atingir um público que não tem acesso a isso.
“Eu sempre gostei de dramas, e aí ano passado eu resolvi que eu ia fazer fanart de dorama e eu percebi que esse não era um meio explorado no mundo dos artistas nem nas lojinhas”.
Ela relembra que participou da Ala dos Artistas no Festival do Japão do ano passado e foi o segundo evento mostrando sua arte.
“Além da paixão por dramas, estou cercada por pessoas que também gostam. Então eu encontrei um novo mundo e acabei me conectando com as pessoas que veem meu trabalho.”
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Cosplay
Carol Frazão, é cosplayer há 10 anos e estava caracterizada de Mitsuri, do anime Demon Slayer. Ela explica que participa do Festival do Japão desde a quinta edição.
“O Festival me atrai muito pela gastronomia, pelo cosplay e pelos estandes que vendem bastante coisa da área japonesa.”
Samy Silva, começou a ser cosplayer ainda criança, apenas como uma brincadeira, mas só foi ano passado que se dedicou ao trabalho e decidiu participar de competições a sério. Ela explica que o mais divertido para ela fazer cosplay é poder exercer sua criatividade.
“Eu gosto de trabalhar minha criatividade, quando faço cosplay, na maioria das vezes eu mesma faço minhas fantasias e me diverte, é minha terapia. Mesmo que seja trabalhoso, eu gosto muito.”
Samy foi a grande vencedora do concurso de cosplay que aconteceu no último sábado (06/5). A cosplayer ganhou o primeiro lugar no concurso, caracterizada como a personagem Ahri do jogo League Of Legends (LOL).
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Gastronomia
O festival também contou com uma grande variedade de pratos típicos leste-asiáticos. Algumas das opções eram os sushis, yakissoba, lámen, tempurá, oniguiri e gyoza. O Maid Café, categoria de café que surgiu no Japão onde os funcionários são cosplayers, também marcou o evento.
Liz Muniz explica que já está participando do festival pela quinta vez. “Eu sempre participo porque sou fã da cultura nipônica, eu gosto muito da comida típica que oferecem no evento”, afirma.
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Por Lara Oliveira e Nathália Guimarães
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira