Festival de cultura leva atividades e gastronomia tradicionais para Ceilândia

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A terceira edição do Festival da Korea aconteceu neste sábado (24), na Escola Classe 27 de Ceilândia. Atividades como karaokê com músicas de k-pop, dobradura, pintura de leque, personalização de máscara e jogos tradicionais foram as principais atrações do evento.

A gastronomia coreana continuou se destacando no festival, com um cardápio composto por kimpab triângulo, se-teok, jajangmyun, k-hot dog, dalgona e samgyupsali.

No festival, os participantes também podiam escrever o nome em hangul, alfabeto coreano criado para fazer com que o maior número possível de coreanos fossem capaz de ler e escrever.

Isaque Kwon, um dos voluntários, ensinou os participantes a escrever o nome em hangul. Ele relembra que veio para o Brasil à trabalho, quando tinha cerca de 20 anos. “Antigamente, a Coreia era um país pobre e agora é um dos mais ricos. Então eu tenho orgulho de ser coreano e dessa cultura que está ficando conhecida mundialmente. Por isso, eu gosto de divulgar a cultura coreana para as pessoas que têm interesse.”

Isaque Kwon, voluntário na oficina de escrita coreana. Foto: Nathália Guimarães

Também estavam disponíveis o hanbok, traje tradicional coreano que consiste em uma peça de roupa na parte superior chamada jeogori, que se usa com calças (baji) ou uma saia traçada (chima). Os braços abertos do jeogori expressam o carinhoso abraço do povo coreano, enquanto a saia representa a sensação de espaço e liberdade. Os participantes podiam vestir e tirar fotos.

Rebeca Ivie participou do evento pela primeira vez e foi uma das pessoas que ficou feliz em experimentar o hanbok. Ela relembra que em 2017 entrou em contato com a cultura coreana por meio dos k-dramas. “Foi amor à primeira vista, não parei mais de assistir. Em 2020, eu conheci o k-pop e me apaixonei também.”

Rebeca Ivie vestindo o hanbok, traje tradicional. Foto: Nathália Guimarães

Jorgeane Vitória é voluntária pela terceira vez no festival porque quer estar mais próxima da cultura coreana e também levar para outras pessoas. “Não era tão comum, mas depois do k-pop e dos k-dramas está ficando popular e o número de fãs tem aumentado. As pessoas vêm para conhecer e depois muitas querem virar voluntárias, porque se apaixonam pela cultura”, explica.

Lucas Hero também participou do evento pela primeira vez e aproveitou a oficina de pintura em leque e a do karaokê, que foi sua preferida. “Eu gosto muito de k-pop, então foi muito legal poder cantar e fazer as coreografias”, afirma.

Lucas Hero, na oficina de pintura de leque. Foto: Nathália Guimarães

Onda Coreana

A “Onda Coreana” ou Hallyu (한류), nome dado pela mídia, se trata dos investimentos econômicos que a República da Coreia tem feito na cultura do país desde a crise econômica dos tigres asiáticos, nos anos 90.

O objetivo é impulsionar a cultura coreana para outros países, atraindo turistas e aquecendo a economia interna. E tem dado certo no Brasil, já que de acordo com a pesquisa Global Hallyu Trends, divulgada em 2021 pela Fundação Coreana para Intercâmbio Cultural Internacional (Kofice), durante a pandemia do coronavírus o Brasil foi país ocidental que mais consumiu dramas coreanos, e o 3º do mundo que mais assistiu.

Organização

O evento é realizado pela ONG International Youth Fellowship (IYF). Fundada na República da Coreia, a organização tem como objetivo proporcionar experiências multiculturais e educativas. Todos os rendimentos do evento são destinados à ONG, para trabalhos beneficentes.

Nana Kim, uma das organizadoras do Festival da Korea, informa que terá outra edição ainda este ano. O objetivo é levar a cultura coreana para várias regiões do Distrito Federal, facilitando o acesso da população. Os eventos acontecem em escolas, e quem tiver interesse em ceder o espaço deve entrar em contato com ela pelo Instagram @iyf_brasilia.

Além disso, a ONG também está organizando minicursos para este ano, incluindo aulas de coreano básico e intermediário, japonês, espanhol e inglês aos sábados, durante cerca de 5 semanas. Haverá uma taxa de R$ 50 reais para a impressão do material e as aulas serão gratuitas.

Por Nathália Guimarães

Supervisão Luiz Cláudio Ferreira

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