Janine Gaspar, 32 anos, tem um filho de 1 ano e 2 meses. Ele nasceu prematuro tardio com 36 semanas de gestação. Quando ela entrou em trabalho de parto, não achou que havia chegado a hora do nascimento.

Davi Gaspar passou 17 dias no hospital, na maior parte foi na UTI Neonatal. Os exames mostraram instablidade na taxa de glicemia (concentração de açúcar no sangue) e depois também houve dificuldades respiratórias. Precisou de oxigênio. Na UTI, ele teve todo acompanhamento, segundo a mãe. Realizaram vários exames na criança para ver se estava seguro de dar alta e foi liberada para casa.
O pediatra Henrique Flávio Gomes, que trabalha na Unidade de Cuidados Neonatais do Hospital Materno-Infantil de Brasília (HMIB), explica que, quando um bebê nasce prematuro, enfrenta perigos e desafios. Ele salienta que o nível de risco aumenta o quanto mais prematuro for o seu nascimento. “Principalmente se o bebê tiver idade gestacional abaixo de 34 semanas”.
Inclusive, para dar visibilidade à problemática da prematuridade, há uma data mundial voltada para essa temática, o 17 de novembro.
Riscos
O problema que a grande maioria dos prematuros tem órgãos ainda imaturos, deixando os bebês extremamente vulneráveis.
Os principais problemas mais comuns de acontecer com bebês são doenças respiratórias, infecções (sepse), defeitos na formação do coração (cardiopatias), defeitos genéticos, insuficiência renal e hepática, além de imaturidade no trato gastrintestinal.
Para a enfermeira Aline Hennemann, 47 anos, vice-diretora da ONG Prematuridade.com, é necessário olhar cada caso de forma individual e integral.
“As principais consequências da prematuridade são a displasia broncopulmonar e retinopatia da prematuridade. Alguns podem apresentar um crescimento e desenvolvimento mais lento”.
Causas
Existem estudos que apontam, de acordo com o médico Henrique Gomes, que a maior parte dos nascimentos de bebês prematuros está ligado à falta de conhecimentos, além de condições socioeconômicas e sanitárias da mãe.
Para evitar a chance do bebê prematuro, é recomendado que existam consultas regulares do pré-natal. “Com certeza é uma importante ferramenta no combate à prematuridade”, afirma o médico.
Mas existem também outros fatores que podem acontecer, como tabagismo e uso de drogas na gestação, gravidez múltipla, infecções maternas, ruptura prematura de membranas, diabetes gestacional, entre outros.
Por Natalia Francescutti
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira