Uma cesta básica com produtos mais naturais e sem ultraprocessados. A decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com o decreto nº 11.936, traz à tona discussões sobre o preço, componentes e a conservação dos alimentos no Brasil.
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De acordo com a determinação, a nova cesta básica passa a conter feijões (leguminosas);
cereais; raízes e tubérculos; legumes e verduras; frutas; castanhas e nozes (oleaginosas); carnes e ovos; leites e queijos;
Açúcares, sal, óleos e gorduras; e café, chá, mate e especiarias.
Segundo a nutricionista Amanda Soares, especializada em clínica funcional e fitoterapia, do ponto de vista nutricional, os alimentos frescos apresentam diversas vantagens.
Além de possuírem mais benefícios à saúde, reduzindo o desenvolvimento de doenças e melhorando a qualidade de vida, existe uma variedade de opções e preparações que podem ser adaptadas de acordo com a regionalidade da população.
“Outro ponto importante dessa cesta é a maior facilidade de adaptação de indivíduos com restrições alimentares, já que possuem alimentos in natura”, afirma a especialista.
Desperdício
Por outro lado, Amanda afirma que a falta de educação nutricional pode levar ao desperdício desses alimentos altamente perecíveis.
Para ela, é necessário lembrar que, na busca por uma alimentação saudável, existe um dilema entre escolher alimentos menos processados, que estragam rápido, ou os não perecíveis, que apesar de serem mais resistentes ao tempo e formas de armazenamento, nem sempre possuem bons níveis de nutrientes, gerando um desafio na hora de manter uma dieta equilibrada.
Um dos principais obstáculos consiste em muitas famílias não terem acesso a informações sobre os benefícios dos alimentos minimamente processados.
“A falta de instrução a respeito da preparação desses alimentos e suas vantagens dificulta o manuseio e a conservação deles”, comenta Amanda.
Embora as crianças em instituições públicas recebam essas orientações, os pais e mães de família ainda enfrentam desafios significativos nesse aspecto.
É possível, segundo a especialista, fazer um bom uso da cesta básica, desde que haja acesso à informação.
Para a nutricionista, locais como Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Unidades Básicas de Saúde (UBSs) podem desempenhar um papel crucial na disseminação dessas informações, proporcionando às famílias os conhecimentos necessários para fazer escolhas alimentares mais saudáveis e serem capazes de usufruir ao máximo delas.
Por Ágata Vaz, Beatriz Vasconcelos e Kallebe Simões
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira