Artistas apostam em vaquinhas online

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Ter uma ideia produtiva e não ter dinheiro para executá-la é a realidade de muitos brasileiros. As redes sociais têm chamado atenção para um termo muito usado nos últimos tempos, crowdfunding. No português, o financiamento coletivo nada mais é que uma vaquinha online para ajudar projetos que não possuem recurso suficiente para existir.

O cantor de Mpb, Leoni foi um dos que aderiu à proposta  e lançou o projeto da gravação novo trabalho “Notícias de mim” em uma das plataformas existentes na internet, onde o os próprios fãs bancaram o custo do álbum// o Professor de informática, Roberto Andrade acredita que pessoas com projetos interessantes devem apostar nesses sites “Nesse site você cria uma conta faz o seu cadastro e explica seu projeto em um texto ou até colocando um vídeo”.

Para colaborar é necessário encontrar alguma plataforma de crowdfunding pela rede e depois escolher um projeto que interesse para poder cadastrar e fazer um investimento financeiro. Todos os projetos inseridos em cada site, devem apresentar contrapartidas para cada valor estipulado. Ou seja, se a pessoa colaborar com os valores que são propostos pelo autor do projeto, ela ganha uma recompensa de acordo com o seu investimento.

O bailarino Igor Gabriel, de 22 anos, ganhou uma bolsa para estudar dança contemporânea em São Francisco nos Estados Unidos. Mas, não possui capital para se manter fora do país. Então um amigo apresentou o site do Cultura crowd, financiamento coletivo próprio para a cultura de Brasília. O projeto foi pioneiro nessa plataforma, mas infelizmente o prazo acabou e não conseguiu arrecadar nada. Ele acredita que por o site ser novo, não houve tanto retorno “A minha plataforma era muito nova, não sabia muito bem como usar. Mas, já tem financiamentos coletivos que funcionam muito bem”.

O músico e escritor/ Sander Venttura tem o desejo de publicar o seu livro de poesia “Suíte 12 e os poemas livres”. Ele também escolheu o cultura crowd e o seu projeto ainda está no prazo para obter contribuições. Mas, já se passou quase metade do tempo e apenas uma contribuição foi feita. Ele considera que a pouca procura, se deve a uma estratégia de divulgação limitada e também à falta de interesse das pessoas em querer contribuir, e apenas família e amigos próximos apoiam. Sobre os financiamentos coletivos, Sander não acredita que seja o futuro da arte e da cultura “Acho que futuro é muito. Tá longe disso porque pessoas não querem se desprender de dinheiro, imagina para financiar sonhos alheios”.

É importante ressaltar que as contribuições não são doações, por cada projeto possuir  contrapartidas. Segundo Vinícius Pereira, Doutor em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, o Brasil é um campo bastante fértil para os financiamentos coletivos. Para ele, existe um trabalho conjunto entre pessoas que querem participar e instituições que querem fazer isso crescer.

 

Por Júlia Campos

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