Depois da vitória do sábado (11) contra o Atlético (MG), por 3 a 1, a jogadora Luciana Santos, meio-campista do Real Brasília, de 35 anos de idade, tem muito a comemorar.
Ela é mãe de Ana Luísa, de 9 anos de idade, e garante que transforma seus desafios em felicidade.
“Ser mãe é ter força para buscar além do que podemos imaginar. Pois a minha filha é meu alicerce, é quem me incentiva a dar continuidade na busca incessante dos nossos objetivos juntas”, diz Luciana.
Foto: Júlio César/Divulgação
O começo
Aos 22 anos, a atleta descobriu a grávidez, na época ela atuava profissionalmente pelo clube Cresspom.
Ela tomou a decisão de parar de jogar para cuidar dela mesma durante período da maternidade.
“Na época, eu parei pra me cuidar, pois tive medo de não conseguir mais voltar a jogar. Eu acreditava que o meu corpo não ia aguentar mais e além disso minha mente estava voltada só para a maternidade”.
Fora das quatro linhas, a atleta teve que buscar meios de se manter financeiramente. Assim chegou até a trabalhar como bancária, na Caixa.
Além disso contou também com suporte dos seus familiares para ajudá-la.
Após 4 meses do nascimento de sua filha, Luciana já tinha interesse em voltar a jogar, mas ainda tinha receio de não ter mais físico para isso.
Após algumas conversas ela enfim decidiu retornar aos gramados.
Foto: Júlio César/ Divulgação
De volta aos gramados
Decida a voltar, ela agora precisava de um time para retornar de vez aos gramados, o que foi facilitado por ter boas relações com alguns atletas.
Assim, após o nascimento de sua filha, Luciana voltou para o futebol, desta vez pela Sociedade Esportiva Santa Maria.
Agora ela iria ter um desafio que nunca tinha tido antes, conciliar a maternidade com o futebol, viajar e ficar longe de sua filha.
“Era difícil viajar para jogar e ter que deixar ela, meu coração ficava partido”, diz Luciana.
Contudo, o tempo foi passando e a atleta foi se habituando com a sua “nova rotina”.
Nos treinos
“Minha filha está comigo até nos treinos agora. Só ficamos longe mesmo nas viagens e quando ela está na escola, mas as outras coisas eu consigo estar presente e viver o papel de mãe”, diz a meio-campista.
Por Lucas Alarcão e Marcello Hendriks
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira