As Paralimpíadas de 2024 começam em 28 de agosto em Paris (França). No entanto, nem todas as pessoas com alguma deficiência participam do evento. O principal grupo ausente é de surdos.
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A assessora de projetos da Federação Brasiliense Desportiva dos Surdos, Débora Dias, explica que, em tese, a pessoa surda só precisa de uma adaptação. “É trocar de som para visual. Ao invés de um tiro, usa o flash ou uma bandeira. Também a comunicação tem de ser usada em língua. Só que não precisa de língua nacional, tem uma língua universal. O sinal é Língua de Sinais, e eles comunicam tranquilamente”, explica Débora Dias, que é surda e ex-atleta.
Jogos
Em 1924,foi fundado o Instituto Olímpico muitos anos antes da criação das Paralímpidas que só veio ser criada em 1960. Naquele tempo, já existiam jogos específicos para pessoas surdas os chamados “Jogos Mundiais Silencioso”.
Com a criação das Paralímpidas, o Comitê Surdolímpico foi convidado para se unir e formar uma só para várias deficiências.Mas eles perceberam que os surdos podiam participar de várias modalidades que outras pessoas PCDs não podiam.
Acolhimento
No DF, a entidade na qual trabalha não tem fins lucrativos e objetiva acolher a comunidade surda para práticas esportivas. A Federação Brasileira Desportiva dos Surdos hoje conta com mais de 300 atletas e eventos mensais por todo país. Uma entidade sem fins lucrativos e com o propósito de acolher a comunidade surda para práticas esportivas.
A Federação compete em campeonatos especializados em pessoas surdas e não surdas, dando esse espaço para a comunidade que não faz parte das Paralimpíadas. A assessora de projetos afirma que o esporte na vida da pessoas surda ajuda a ganhar confiança e autoestima. A atividade garante, segundo ela, capacidade e superação. “A pessoa surda aprende a ter um compromisso”, conta Débora Dias.
Por Zaia Angelo
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira