A fórmula do leite em pó para recém-nascidos, de acordo com a enfermeira Elayne Rangel, especialista em aleitamento humano, quando usada de forma adequada, com uma boa indicação e uma razão médica aceitável, pode e deve ser uma aliada
O que acontece, geralmente, é que ela é apresentada como uma vilã e, para a especialista, é preciso ter mais cuidado na forma que essa alternativa é apresentada às mulheres.

“A fórmula faz parte do cuidado infantil e foi feita para suprir as necessidades básicas de um bebê que não consegue ser amamentado ou aleitado por esses inúmeros fatores”, explica.
Pressões
A profissional entende que existe uma pressão da sociedade nas mulheres para amamentar. Embora bem intencionada, pode transmitir a sensação de incapacidade às mães que sentem dificuldades nesse processo.

O que não faltam são palpites sobre a melhor forma de exercer a maternidade, e algumas mães podem ser engolidas pela culpa de não tomar as melhores decisões e de não conseguir fazer algo considerado “natural”.
A expectativa social nas mulheres de passar por uma maternidade perfeita faz com que muitas sofram em silêncio, e com a amamentação não é diferente.
A enfermeira Elayne Rangel afirma que o leite materno tem vantagens, como o desenvolvimento da criança e o fortalecimento do vínculo materno.
Problemas
Contudo, na experiência da enfermeira com o atendimento domiciliar e hospitalar, a maioria das mães tem pelo menos algum tipo de dificuldade no processo de aleitamento, que podem englobar fatores como a anatomia da mama, problemas hormonais, dores pós-parto, o estado emocional, o posicionamento e restrições do próprio bebê são alguns dos motivos que podem impactar o aleitamento.
Por Ana Luiza Moraes e Anna Carolina de Siqueira
Supervisão de Vivaldo de Sousa