“Coringa: Delírio a Dois” tem narrativa musical com nova dimensão ao vilão

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Após o sucesso de 2019, o palhaço do crime recebe neste ano sua continuação com “Coringa: Delírio a Dois”, com a direção de Todd Phillips e protagonizado por Joaquin Phoenix, que ganhou o prêmio de Melhor Ator no Oscar 2020 em sua primeira passagem com o personagem.

Desta vez, o icônico vilão dos quadrinhos é reforçado por Lady Gaga no papel de Harley Quinn.

O longa chega nas telonas nesta quinta-feira (3) e apresenta as consequências diretas dos eventos passados em “Coringa” e a relação amorosa construída entre o Coringa e Harley Quinn no meio de toda a confusão de suas vidas e suas mentes.

Confira o trailer

Trailer: Divulgação

Enredo

Apesar de uma continuação para o primeiro filme ser considerada desnecessária, o filme constrói um enredo que se encaixa na história que fomos deixados e consegue trazer uma perspectiva completamente diferente utilizando o musical. Para assistir ao longa-metragem, é imprescindível que o telespectador tenha visto seu predecessor para o melhor entendimento.

O enredo segue os eventos do primeiro filme, mostrando as consequências vividas pelo Coringa por seus crimes, que serão julgados pelo promotor Harvey Dent, criando um drama de tribunal com a temática de romance e musical por trás.

Temática

Apesar de seguir um bom roteiro, escrito novamente pelo próprio Todd Phillips e Scott Silver, eles apresentam uma ideia que, no decorrer do filme, peca no seu fechamento nos últimos 15 minutos, que acaba por tentar terminar “rápido demais” e não dá um sentimento de conclusão ao telespectador.

Imagem: Divulgação

Música

A música traz uma conotação diferente para a mente do personagem e funciona até como uma forma de tradução dos sentimentos mais intensos que o protagonista sente durante o enredo. Apesar de se apresentar como um musical, sua fórmula é completamente diferente dos musicais clichês do mundo cinematográfico, permitindo que o telespectador entre na mente dos personagens.

Para os protagonistas, essa música vem em momentos de vulnerabilidade, onde sua mente encontra esse meio para expressá-los, trazendo à tona sentimentos de raiva, frustração e amor. Para Arthur Fleck, o Coringa, ela é um símbolo de liberdade e pertencimento.

Interpretação

A química entre Harley e Arthur (Harley e Coringa) vem de uma premissa clichê, porém fiel à sua história nos quadrinhos, ainda que ambos os filmes nunca tiveram a proposta de serem fiéis a tais histórias. Uma química que o filme como um amor criado por insanidade e obsessão que transparece bem graças à performance de Gaga e Phoenix.

Para Lady Gaga, a escolha de mesclar o enredo dramático com musical foi uma ótima decisão, onde o filme pôde extrair o melhor da atriz/cantora, assim como em “Nasce Uma Estrela”, que lhe rendeu uma indicação de Melhor Atriz no Oscar 2019.

Juntamente de Gaga, Phoenix entrega mais uma vez um papel condizente ao que lhe rendeu um Oscar previamente e consegue adaptar sua interpretação com as cenas musicais que trazem uma nova cara ao personagem.

Cinematografia
A cinematografia do longa, assim como no primeiro, dispensa elogios. Montagem, figurino, fotografia e som mais uma vez se destacam e não deixam a desejar para os mesmos que lhe renderam indicações nas mesmas categorias anteriormente, que, com as cenas musicais, tiveram ainda mais destaque.

Ficha Técnica
Título Original: Joker: Folie à Deux
Direção: Todd Phillips
Roteiro: Todd Phillips, Scott Silver, Bob Kane
Elenco: Joaquin Phoenix, Lady Gaga, Harry Lawtey
Gênero: Drama, Musical
Duração: 2h18
Classificação Indicativa: 16 anos

Por Caio Aquino (repórter assistiu ao filme a convite da Espaço/Z)

Foto e trailer: Divulgação

Supervisão de Luiz Claudio Ferreira

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