Indicado ao Oscar de melhor filme, “Duna – Parte 2” é uma continuação de Duna, que conta a história de Paul Atreides, interpretado por Timothée Chalamet, que na ficção busca vingança contra os conspiradores que acabaram com sua família no filme anterior.
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Além da indicação para melhor filme, este também conta com as indicações para melhores efeitos visuais, melhor direção de arte, melhor fotografia e melhor som.
Apesar da difícil disputa para melhor filme, a obra cinematográfica se destaca em sua produção, portanto, pode surpreender em categorias como melhor fotografia e melhores efeitos visuais.
Instigante
O roteiro do filme é instigante, faz o consumidor querer mais dele ir atrás de mais história, querer saber mais sobre o terceiro filme que chegará nos cinemas em 2026, apesar de seu tempo de duração serem quase três horas, o diretor (Denis Villeneuve) conseguiu usar bem esse tempo.

Com o anúncio da adaptação do primeiro filme de 2021, as críticas eram esperadas, devido às adaptações anteriores, e também por ser uma historia muito complexa, o primeiro filme conseguiu ser bem falado entre os críticos.
Com esse estímulo, Villeneuve conseguiu acertar pela segunda vez, conseguindo expor bem o que aconteceu após Paul Atreides (interpretado por Timothée Chalamet) perder quase toda sua família, a relação dele com sua mãe Lady Jessica (feita por Rebecca Ferguson) e também contar a história de Chani (Feita por Zendaya).
O universo de Duna é muito extenso, o que gera confusões devido às suas relações políticas, povos e tecnologias.
O primeiro filme fez um bom trabalho em resumir e organizar as informações. Mas, deixou a sensação que se falta uma compreensão mais clara da história.
A segunda parte, lançada em 2024, vem aprofundar a trama, trazendo um ritmo mais dinâmico, reviravoltas impactantes e mais ação.
Embora o roteiro continue a simplificar alguns aspectos políticos, essa abordagem facilita a imersão, tornando a experiência mais envolvente.
Denis se destaca por equilibrar grandiosidade de histórias pessoais em suas obras. Em Duna parte 2, ele mescla vastos cenários, apesar da grande parte do filme se passar em sua maioria nas famosas dunas, traz momentos intimistas, explorando o mundo de maneira detalhada e as relações dos povos do filme.
O elenco, composto por Timothée Chalamet, Zendaya, Florence Pugh e Austin Butler, é um grande atrativo, unindo o talento dos mais experientes a popularidade dos mais novos. Florence Pugh, que faz Princesa Irulan, tem um papel crescente, já Austin Butler, que faz Feyd Rautha, traz vilania ideológica, embora sua presença física seja exagerada.
A tensão entre Paul e Feyd, com suas semelhanças mas também suas diferenças, prepara o terreno para o confronto que vai muito além de um simples “bem contra o mal”.
O segundo filme amplifica as qualidades do primeiro: visual e som mais imersivos, Timothée Chalamet mais conectado aos dilemas de Paul e um mundo mais visceral. As promessas do primeiro filme foram cumpridas com êxito, aprofundando a trama e a experiência cinematográfica.
Acerto em relação ao primeiro filme
Além do grande roteiro que justifica a indicação como melhor filme, também as suas indicações com relação ao fotografia e efeitos especiais se justificam.
O uso de planos mais abertos resolve uma grande crítica do primeiro filme devido o uso excessivos de planos americanos e close-ups, em um filme que exalta o efeito especial no belo cenário do filme. Portanto, a justa indicação nas categorias de efeitos especiais e imagens que foi um grande acerto do filme.
Por João Pedro Carvalho
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira