Cinema: falta incentivo em filmes da capital

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O presidente da Associação Brasiliense de Cinema e Vídeo (ABCC-DF), Norlan Silva, afirmou, nesta semana, que as conquistas do segmento trouxeram facilidades e maior qualidade para área. “Assistir a um filme hoje, não é possível apenas em uma sala de cinema. Agora podemos assistir em nossos celulares, computadores, canais via stream, entre outras diversas formas”.

As questões politicas-sociais abordadas pelo seguimento audiovisual, são primordiais para a produção das obras. Segundo o presidente da ABCC-DF, o trabalho de confecção de um filme é coletivo e, apesar do maior envolvimento do governo com a área, é preciso cuidado com estes investimentos. “Se compararmos o cinema com a literatura, um livro pode ser escrito apenas por uma pessoa, é mais solitário. Pela demanda do cinema, é preciso o acompanhamento de investidores e colaboradores. Antigamente o incentivo era escasso, hoje, com melhores iniciativas, você não pode dar todo o dinheiro para a produção, evitando uma resiliência do produtor”.

Além das formações de cientista social e experiência na área de relações internacionais, Silva estuda o Panorama Nacional do cinema Brasileiro a 12 anos, abordando aspectos políticos e culturais. Uma analise preocupante em âmbito nacional, é o fato de que o Eixo Rio – São Paulo, possuem extenso domínio das produções. “Já existe uma vantagem competitiva comparativa de São Paulo e Rio em relação ao resto do Brasil. A produção é mais barata lá e em maior quantidade. O que deve ser feito são politicas publicas para equalizar isso, equilibrar o jogo. É necessário incentivo para as produções em outras regiões e determinar isso por lei”.

Sobre a influencia midiática americana no seguimento audiovisual brasileiro, Silva mostrou importância dessa existência, mas não pode se tornar uma relação de dependência eterna. “Ela sempre vai existir, é como um irmão mais velho quando um filho mais novo chega. Ele vai ter que conviver, pode ser uma convivência pacifica ou uma relação aguerrida. No caso, não adianta enfrentar, acho que precisamos de estruturas, criadas pelo governo, para criar essa harmonia”.

Outro ponto importante lembrado pelo cinéfilo Silva, foi sobre a liberdade de expressão com diversidade e pluralidade, mostrando a necessidade do poder de escolha estar na mão do povo e não da mídia. “A mesmice vista na televisão é notável. Vários canais distintos passando a mesma coisa. O que vemos na telinha tendemos a acreditar, fazer, repetir e padronizar. A mensagem é a mesma”.

Assista a entrevista:


Por Felipe Oliveira e Gabriel Lima 

Foto: Felipe Oliveira

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