O 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, que será realizado de 12 a 20 de setembro, anunciou a ampliação da Mostra Brasília e o aumento do valor do Troféu Câmara Legislativa para R$ 298 mil.
A programação inclui 16 obras selecionadas entre longas e curtas-metragens, além de estreias e mostras paralelas.
Claudinei Pirelli, representante do Comitê Gestor do Troféu Câmara Legislativa, destacou que a premiação chega à 27ª edição em 2025 com expansão no número de filmes selecionados e aumento do valor destinado às produções, que passa de R$ 240 mil para R$ 298 mil.

Segundo ele, o troféu nasceu há três décadas a partir de uma demanda do setor audiovisual e se consolidou como instrumento de fortalecimento da cadeia produtiva do cinema em Brasília. Pirelli ressaltou que a permanência da iniciativa é resultado da sensibilidade dos parlamentares desde sua criação até os dias atuais.
“É uma forma que a gente tem buscado de, a cada ano, melhorar a atuação da Câmara para o setor do audiovisual. Certamente são filmes de qualidade, tanto do ponto de vista técnico como artístico”, afirmou.
O representante acrescentou que o prêmio também busca valorizar os profissionais envolvidos no festival, com reajuste nos cachês da comissão e dos jurados.
Para celebrar a trajetória da premiação, será inaugurada em 1º de setembro, no foyer do plenário da Câmara Legislativa, uma exposição com imagens de vencedores e participantes ao longo dos anos.
Programação
A Mostra Brasília deste ano apresentará cinco longas-metragens, um a mais em relação a 2024: “Vozes e Vãos”, de Edileuza Penha de Souza e Edymara Diniz; “Mil Luas”, de Carina Bini; “Menino Quem Foi Seu Mestre?”, de Rafael Gontijo e Sandra Bernardes; “Maré Viva Maré Morta”, de Cláudia Daibert; e “A Última Noite da Rádio”, de Augusto Borges.
Na categoria de curtas-metragens, os selecionados foram: “Notas sobre a Identidade”, de Marisa Arraes; “Dizer Algo Sobre Estar Aqui”, do coletivo Vaga-mundo: Poéticas Nômades; “O Bicho Que Eu Tinha Medo”, de Jhonatan Luiz; “A Brasiliense”, de Gabmeta; “O Fazedor de Mirantes”, de Betânia Victor e Lucas Franzoni; “Rainha”, de Raul de Lima; “Terra”, de Leo Bello; “Dois Turnos”, de Pedro Leitão; “Três”, de Lila Foster; “O Cheiro do Seu Cabelo”, de Clara Maria Matos; e “Rocha: Substantivo Feminino”, de Larissa Corino e Patrícia Meschick.
Abertura
A cerimônia de abertura, em 12 de setembro, exibirá “O Agente Secreto”, novo longa de Kleber Mendonça Filho, protagonizado por Wagner Moura e premiado em festivais internacionais como Cannes (França).
O encerramento terá a exibição de “A Natureza das Coisas Invisíveis”, dirigido pela brasiliense Rafaela Camelo, já apresentado em eventos como o Festival de Berlim e vencedor do prêmio de Melhor Filme do Júri Infantil no 43º Festival Internacional de Cinema do Uruguai.
Além da Mostra Competitiva Nacional e da Mostra Brasília, o 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro contará com programação paralela.
A Mostra Caleidoscópio reunirá cinco longas que transitam entre ficção, documentário, experimental e animação, vindos de diferentes estados. Neste ano, as produções serão avaliadas por dois júris especiais: um da Fipresci, entidade internacional de críticos de cinema que completa 100 anos, e outro formado por estudantes de audiovisual da Universidade de Brasília.
Por Pedro José Borges
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira