Recursos angariados com 33 edições de McDia Feliz já geraram R$ 15 milhões para crianças com câncer no DF

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O presidente da Associação Brasileira de Assistência às Famílias de Crianças Portadoras de Câncer e Hemopatias (Abrace), Alexandre Freire, de 50 anos, afirmou no último final de semana que, com os 33 McDias já realizados, a instituição arrecadou mais de R$ 15 milhões.

Ele explica que o valor possibilitou, por exemplo, a construção do Hospital da Criança de Brasília. No último sábado (23), na 33ª edição, foi mais uma oportunidade de doação.

Tratamentos

Antigamente, algumas crianças tratadas no Hospital da Criança, acabavam indo ao Rio de Janeiro para fazer exames, hoje, o Hospital da Criança possui um laboratório de última geração, o qual foi equipado com o dinheiro do McDia Feliz. 

“O Hospital da Criança tem um laboratório de última geração, que foi todo equipado com o dinheiro do McDia Feliz. Antigamente, antes desse laboratório, alguns exames que eram feitos tinham que ser mandados para o Rio de Janeiro, para o Instituto do Câncer do Rio, para serem analisados e voltarem. Nisso se perdia muito tempo, era a vida que estava sendo dispersada, e hoje tudo é feito em Brasília.” diz o presidente da Abrace.

Foto: Reprodução

Voluntariado

Nas horas vagas que para muitos se preenchem com descanso, lazer ou a busca por interesses pessoais, um grupo de voluntários da Abrace encontra um propósito diferente.

Eles desviam o curso de suas rotinas, onde são engenheiros, advogados, estudantes e funcionários públicos, para mergulhar em uma realidade onde a maior urgência é um sorriso e a mais valiosa moeda é o tempo doado.

Para eventos como o McDia, o trabalho voluntário é necessário, atualmente a Abrace conta com mais de 250 voluntários que doam no mínimo quatro horas por semana de seu tempo para a instituição, entre eles estão os doutores com riso, que levam tratamento de alegria para as crianças e os amigos do leito, os quais são voluntários, que ajudam os pais a ficarem com as crianças.

Resultados

“A pessoa que realiza o trabalho voluntário, se sente muito mais gratificada pelo resultado que ela fez. Então assim, eu acho que todo mundo que faz o trabalho voluntário se torna um cidadão melhor, uma pessoa melhor, porque realmente você vê na prática o que é ajudar uma pessoa que precisa, uma instituição”, afirma Alexandre.

Foto: Reprodução

A esperança de um recomeço

Há 38 anos, Lysia Freire, de 78 anos, ingressou na Abrace, a jornada que começou com a cura do câncer filha, transformou-se em uma missão de vida, dedicada ao voluntariado como forma de gratidão pela bênção recebida.

O tempo, com sua passagem, converteu sua dor em empatia e o desespero em resiliência. Naquele cenário de contrastes, onde a vida e a morte se encontravam, ela era o lembrete de que, mesmo depois de uma tempestade, as cores mais vibrantes da borboleta podem sempre ressurgir.

Ela diz que ser voluntário é uma doação, e exalta aqueles que se entregam à tarefa mesmo sem ter passado pelo câncer, ao contrário dela que entrou devido sua dor, estas pessoas entraram por amor.

Dor

“Herói e heroína é quem se doa sem ter tido os problemas de câncer, esse é o verdadeiro herói que faz por amor, eu comecei pelo fato de ter tido um parente com câncer, pela dor, mas acredito que você trabalhar sem ter tido nenhum caso de câncer na família você está se doando”, afirma Lysia.

Desde o dia que começou a ser voluntária na Abrace Lysia nunca parou, ela diz que com o trabalho voluntário, se ganha todos os dias, se sai gratificado em todos os momentos , e as crianças merecem todo o apoio, pois são verdadeiras guerreiras.

“E para a campanha deste ano, nós precisamos construir o espaço Renascer, que será para crianças que fazem transplante e precisam ter um espaço só para elas, então é um diferencial isso, eu não poderia deixar de estar aqui”, diz Lysia.

O impacto silencioso

Para Carla Rios, de 40 anos, e voluntária da Abrace há nove anos, saber que faz a diferença de alguma forma com o trabalho voluntário a motiva a abandonar momentos de descanso para se dedicar ao voluntariado.

“Saber que de alguma forma eu estou fazendo a diferença, atender as pessoas para que elas conheçam melhor o trabalho da Abrace, entender o que a Abrace faz e também, de alguma forma, angariar um fundo para a Abrace no dia do McDia Feliz”, diz Carla. 

Ela diz que recomenda para outras pessoas também irem fazer o trabalho voluntário na Abrace, pois não se tem arrependimento, e apesar do cansaço, todo esforço vale a pena pela causa.

“Vem agora, não espera, não espera porque não tem arrependimento aqui, a gente se sente extremamente feliz, tem eventos que a gente sai exaurido, mas extremamente feliz porque a gente de alguma forma ajudou, então vem,” completa Carla Rios.

Por Lucas Alarcão.

Supervisão de Luiz Claudio Ferreira

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