O filme “Animais Perigosos“, que chega aos cinemas na quinta-feira (18/9), leva o público a uma jornada de terror, com uma história que gira em torno de uma surfista sequestrada por um serial killer obcecado por tubarões.
Dirigido por Sean Byrne (“Entes Queridos”), o longa-metragem promete uma mistura de tensão e horror, com uma trama que explora a luta pela sobrevivência em um ambiente hostil.
Foto: Divulgação
Crítica e simbolismo
Além do terror explícito, o filme apresenta um serial killer que usa tubarões como ferramentas para seus crimes.
O título do filme, “Animais Perigosos”, assume um duplo sentido, referindo-se tanto aos tubarões quanto ao próprio assassino, que é um animal perigoso em sua própria natureza humana.
Essa dualidade adiciona uma camada de complexidade à narrativa, convidando o público a refletir sobre a verdadeira natureza da ameaça.
Trama
Zephyr é uma surfista experiente que tem sua vida brutalmente interrompida quando é sequestrada por Tucker, um serial killer obcecado por tubarões.
Ela se vê presa em um barco com outra jovem vítima, forçada a testemunhar os horrores cometidos por Tucker, que usa tubarões para matar suas vítimas e grava cada ataque brutal.
Agora, Zephyr precisa lutar pela própria vida e contra o tempo para escapar do ritual macabro de Tucker.
Com sua habilidade de surfar e sua determinação, ela enfrenta um desafio mortal para sobreviver e se libertar das garras do assassino.
Direção
A direção de Byrne traz uma abordagem com tensão e o excesso como recursos estéticos e políticos.
Ele não busca o realismo, mas sim o impacto, criando uma atmosfera intensa e brutal.
O roteiro é de Nick Lepard e apresenta uma história sombria e pesada, inspirada em filmes como “O Massacre da Serra Elétrica”, mas com um toque único ao incorporar tubarões como elementos centrais da trama.
A combinação da direção de Byrne e do roteiro de Lepard resulta em um filme que é ao mesmo tempo agressivo e consciente de sua própria caricatura, explorando a tensão entre o grotesco e o ridículo
Atuações
Hassie Harrison traz em Zephyr uma personalidade forte, uma surfista experiente e determinada que se vê presa em um pesadelo ao ser sequestrada por um serial killer.
Com energia e nuances, ela torna a personagem interessante e carismática, mostrando sua luta desesperada para sobreviver e escapar do cativeiro.
Jai Courtney interpreta o serial killer Bruce Tucker, ameaçador, tornando o personagem assustador e crível.
Com uma presença intimidante, ele consegue transmitir a distorcida visão do mundo de Tucker e sua sede de controle.
Josh Heuston dá vida a Moses, trazendo uma presença importante para a trama, sua participação é crucial para explorar a relação entre Zephyr e Moses, adicionando um romance à história.
Técnica
A fotografia de “Animais Perigosos” é uma das principais características técnicas do filme, contribuindo para a atmosfera tensa e sombria.
A edição também desempenha um papel fundamental, criando uma sensação de urgência e desespero que acompanha a protagonista.
A trilha sonora está bem colocada e é um elemento importante dentro do filme, intensificando a tensão e o suspense em momentos cruciais.
Ficha técnica
• Direção: Sean Byrne.
• Roteiro: Nick Lepard.
• Data de lançamento: 18 de setembro de 2025.
• Duração: 1 hora e 38 minutos (98 minutos).
• País de origem: Estados Unidos da América.
• Gênero: Terror, thriller.
• Elenco: Hassie Harrison (Zephyr), Jai Courtney (Bruce Tucker), Josh Heuston (Moses).
Por Átila Lustosa
O repórter assistiu ao filme a convite da Espaço/Z
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira
