Coletivo defende regulação de mídia

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A coordenadora executiva do Intervozes (Coletivo Brasil de Comunicação Social), Bia Barbosa, voltou a defender a regulamentação da mídia. Para ela, normatizar a produção dos veículos é diferente de censura. A opinião vai contra disposição do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que tem se manifestado contrário à ideia. Para a especialista, a regulação serviria para responsabilizar os veículos que são contra os direitos humanos e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Ela alegou que a regulação é posterior à publicação do material e que interfere na reprodução do discurso “policialesco”. A coordenadora esteve presente no congresso da Agência de Notícias dos Direito da Infância (Andi) em Brasília nessa quinta-feira (19).

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“Censura é quando alguém assiste antes para definir se vai ao ar ou não. Regulação é você ter previsão de normas para poder responsabilizar a posteriori quem violou aquelas normas. Por isso que a gente precisa de normas claras para isso,” afirmou a coordenadora.

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Bia Barbosa acrescentou que a censura é uma forma de regulação, mas que o inverso não é verdadeiro. A coordenadora enfatizou que é importante não confundir os termos.  Ela também diferenciou a regulação das biografias e da mídia. De acordo com a especialista, a biografia não precisa ser autorizada porque parte da iniciativa individual, já os veículos têm que receber outorgas do Estado e por isso tem responsabilidade social.

Andi

A Andi é uma organização que luta pelos direitos das crianças e dos adolescentes. Fundada oficialmente há 21 anos, ela atribui o título de “amigo da criança” para os jornalistas que também tem o mesmo perfil, como Marcelo Canellas, Caco Barcelos, Âmbar de Barros, Cláudia Werneck. Estiveram presentes na conferência sediada em Brasília procuradores do Ministério Público, assessores da ONU, professores e jornalistas.

Por Jade Abreu

Foto: Júlia Campos

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