Livros contam a história de Planaltina a partir das experiências comunitárias

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Dois livros publicados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) tiveram a parceria de estudantes e de moradores de Planaltina (DF).

O projeto ocorreu em parceria com a Secretaria de Educação do DF e o Instituto BRB.

Os produtos nasceram de inventários comunitários, reunindo histórias e memórias de alunos, professores e de moradores de Planaltina.

Os livros do lançamento. Crédito: Mariana Alves/Iphan

Segundo o IPHAN, o projeto “Patrimônio para Jovens” busca aproximar os estudantes da história e da cultura de sua própria cidade.

Por meio de oficinas e inventários participativos, os alunos registraram memórias e locais significativos, que foram transformados em material didáticos sobre a cidade.

O objetivo é fortalecer o sentimento de pertencimento e mostrar que o patrimônio cultural está presente na vida cotidiana da comunidade.

O lançamento das duas novas publicações voltadas para a educação patrimonial de crianças e adolescentes aconteceu hoje, no Complexo Cultural de Planaltina.

Os livros “Tinha um caco no meio do caminho” e “Em busca da Planaltina perdida” integram a coleção Patrimônio Para Jovens e serão distribuídos gratuitamente para toda a rede pública de ensino do Distrito Federal, beneficiando milhares de estudantes.

O presidente do Iphan, Leandro Grass, reforçou a importância de conhecer o patrimônio para valorizá-lo.

“A gente só cuida daquilo que a gente conhece. E Planaltina tem um papel valioso na história do país, é daqui que nasce Brasília e é aqui que se iniciam grandes lições de preservação do patrimônio”

Leandro Grass, presidente do Iphan. Crédito: Mariana Alves/Iphan

O professor de história da rede pública e um dos responsáveis pelo projeto, Leônio Matos, destacou o impacto pedagógico do material, mostrando como ele pode despertar o interesse dos alunos para fortalecer a identidade local:

“Quando a comunidade vê que aquilo que acredita e vive é reconhecido e colocado no papel, especialmente aquilo que eles escreveram e desenharam, surge uma identificação muito grande. Isso reforça a identidade e pode despertar o interesse dos alunos pelo estudo da própria história e cultura”, explica.

Discurso do professor Leônio Matos. Crédito: Mariana Alves/Iphan

Entre os alunos, o entusiasmo foi evidente. O estudante Thiago Silva, de 16 anos, nunca tinha visto Planaltina estampada em um livro.

 “A gente nunca teve visibilidade. Por isso eu acho que é uma honra, né? Porque a gente nunca foi muito levado a sério. Acho muito importante, muito legal.”

Já Graziela Lobac, de 12 anos, demonstrou empolgação com a leitura e satisfação em ver a cidade que nasceu e cresceu sendo reconhecida:

“As pessoas lembram muito do Rio de Janeiro, de São Paulo, desses estados mais famosos, mas esquecem do próprio Distrito Federal. E não só do Plano Piloto — aqui também tem Planaltina, Sobradinho e outros lugares.”, reforça.

Leandro Grass entregando os exemplares aos alunos. Crédito: Mariana Alves/Iphan

O Superintendente do Iphan-DF , Thiago Perpétuo, enfatizou a função do projeto na preservação cultural.

“A partir do momento em que eles se reconhecem, os estudantes passam a valorizar sua comunidade e se tornam agentes da preservação.”

E Para Karina Bruxel, representante do Instituto BRB, o projeto também desperta muito orgulho nos moradores e envolvidos:

“É muito importante quando a gente pega um livro e se reconhece nele. Esses livros fazem parte da história não só de vocês, mas de nós também.”

Crédito: Mariana Alves/Iphan

A coleção Patrimônio Para Jovens conta também com outros títulos de sucesso: “Ceilândia, minha quebrada é maior que o mundo” e “Athos colorindo Brasília”.

Por Cecília Péres

Supervisão de Luiz Claudio Ferreira

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