Aos 25 anos, o nadador Gabriel Barradas, do clube Nauru DF – vinculado à Associação Brasiliense de Acolhimento e Responsabilidade Social (Abrasrs) – carrega uma trajetória marcada por persistência e dedicação.
O atleta irá representar o Distrito Federal e a Universidade Estácio de Sá (UNESA) nos Jogos Universitários Brasileiros (JUBs) 2025, que serão realizados em Natal (RN).
Gabriel irá competir na classe S14, exclusiva para nadadores com deficiência intelectual, até o dia 16 de outubro, nas seguintes modalidades: 100m livre, 100m borboleta, 100m costas; além de 200m livre e 200m Medley.

Gabriel Barradas | foto: assessoria Nauru DF
Os jogos têm como sede principal o Centro de Convenções de Natal, mas também contam com outros 11 locais espalhados pela cidade, incluindo ginásios, centros esportivos e arenas. A competição de natação paradesportiva é divida em 4 etapas e diferentes modalidades.
Primeira etapa: 200m livre – 100m borboleta- 50m costas.
Segunda etapa: 50m peito – 100m costas.
Terceira etapa: 100m livre – 50m borboleta.
Quarta 50m livre – 200m medley – 100m peito.
Essa não é a primeira vez que Gabriel compete em Natal. Em 2015, saiu da capital potiguar levando duas medalhas da Paralimpíada Escolar como presente para sua avó – um momento que ele lembra com carinho e orgulho. Agora, ele volta com novas metas e o mesmo espírito competitivo, mas consciente da importância do equilíbrio emocional.
“Minha expectativa é segurar minha onda, não ficar ansioso demais, porque ficar nervoso não é um bom sinal”, diz o nadador, que revela ter um ritual simples, mas poderoso para manter o foco: “Orar bem, meditar bem. Isso me ajuda a me concentrar e ter paz”.
Entre os treinos e os estudos
O interesse pela natação começou cedo, aos 9 anos, e desde então a água virou seu segundo lar. Mesmo praticando outros esportes, foi na natação que Gabriel se encontrou de verdade. “Desde os 12 anos me considero um atleta. Nunca mais parei”, afirma.
Para alcançar seus objetivos, Gabriel segue uma rotina intensa de treinos — cinco dias por semana, com sessões que duram mais de três horas, sob a orientação do treinador Marcus Lima.
E, como todo estudante-atleta no Brasil, o desafio vai além das piscinas: Gabriel concilia a rotina de treinos com o curso de Geografia e encara uma jornada diária longa. Morador de São Sebastião, ele pega dois ônibus para ir e mais dois para voltar dos treinos. “É puxado, mas vale a pena”, comenta.
Por Davi Moisés e Isadora Carmona
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira