O 1º Prêmio Resistência da Cultura Afro-Brasiliense – Baba Tobi acontece neste sábado (15) no Distrito Federal para homenagear personalidades que fortalecem tradições de matriz africana na região. O evento, que ocorrerá na Chácara Shalo das 9h às 22h, reunirá duas premiações inéditas em celebração à cultura afro-brasileira, destacando a importância dessas manifestações para a identidade cultural do país.

A iniciativa foi idealizada por Baba Tobi (Rodrigo Penedo) com curadoria da Nananci Produções e Eventos. Durante a celebração, serão entregues o Prêmio Guardião da Cultura, que reconhece líderes e iniciativas de preservação das tradições afro-brasileiras, e o 1º Prêmio Resistência da Cultura Afro-Brasiliense – Baba Tobi, voltado a figuras que mantêm viva a cultura afro na capital federal.
O evento valoriza personalidades fundamentais para a manutenção da ancestralidade africana no DF e Entorno, incluindo sacerdotes, sacerdotisas, ogãs, ekedes, tatas e lideranças tradicionais, além de representantes da culinária e artesanato afro-brasileiro, como as barracas de acarajé.
Na Chácara Shalo, o público poderá acompanhar diversas manifestações culturais ao longo do dia, com rodas de samba, balé afro, capoeira, apresentações musicais e gastronomia típica afro-brasileira.
A primeira edição da premiação registrou mais de 600 mil votos, evidenciando o forte engajamento da comunidade. Entre os vencedores já anunciados estão o Babalorixá Alan Baloni Ti Ogun (Ilé Ifé Ti Osun) e a Iyalorixá Amélia Ti Osun (Ilé Ifé Ti Osun), representantes de diferentes casas e tradições.
Dados da Firjan de 2023 mostram que a cultura afro-brasileira gera aproximadamente R$ 15 bilhões por ano na economia criativa nacional. A UNESCO reconhece expressões como o samba, a capoeira e o culto a Iemanjá entre as manifestações culturais mais significativas do mundo.
No Distrito Federal, pesquisas do IPHAN e do Observatório da Cultura do DF (2023) revelam que 70% das manifestações culturais populares da região possuem raízes africanas, consolidando Brasília como um dos principais polos de produção cultural afro do Brasil.
A organização do evento não divulgou informações sobre futuras edições ou se a premiação se tornará parte regular do calendário cultural do DF.
“Além do Prêmio Guardião da Cultura, estamos realizando o primeiro Prêmio Resistência da Cultura Afro-Brasiliense, que homenageia mais de 50 sacerdotes, sacerdotisas, barracas de acarajé e guardiões da nossa tradição. Essa homenagem nasce para eternizar nomes e histórias que não podem mais ser silenciadas ou esquecidas. Somos cultura, espiritualidade, memória e futuro”, afirma o idealizador, Baba Tobi.


