Temer ameniza índice de reprovação do governo

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No dia em que a pesquisa Datafolha revelou o maior índice de reprovação da presidente Dilma Rousseff – 71% dos brasileiros consideraram a gestão da petista ruim ou péssimo -, o vice-presidente Michel Temer tentou amenizar o impacto do resultados da derrota para o governo federal. Na contramão dos que reprovaram o atual mandato da presidente, apenas 8% classificaram os oito primeiros meses do governo como ótimo ou bom. Outros 20% avaliaram como regular. Para Michel Temer o governo tem buscado “dialogar” em busca de um objetivo para o país. “Temos que nos unir. A presidente Dilma tem tentado fazer isso, se reuniu com governadores recentemente”.

Confira palestra na íntegra

Ao tentar livrar Dilma Rousseff do alvo de ataques, Temer declarou que o povo é o detentor do poder. “Nós somos o governo, mas não os donos do poder”, disse. A declaração aconteceu durante uma palestra para alunos do curso de direito de um centro universitário do Distrito Federal. O tema “governabilidade e governança” reuniu ainda o ministro Marco Aurélio do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente do STF, ministro Ayres Britto e a ex-presidente do Superior Tribunal Militar, ministra Maria Elizabeth.

Segundo o vice-presidente, o país não enfrenta uma crise institucional. Para ele, os poderes “nunca foram tão sólidos”. “Os poderes são independentes na sua conduta”. O ministro Marco Aurélio seguiu na mesma linha de pensamento: “As instituições estão funcionando. O Ministério Público, a Polícia Federal e o Judiciário são exemplos disso”.

Avanço

Os últimos anos do mandato petista foi considerado por Temer como avanços sociais. Ele lembrou a dívida do país com o Fundo Monetário Internacional (FMI). “Há alguns anos, nós éramos devedores do FMI, agora nós somos credores. O povo brasileiro recentemente aplaudiu a presidente. Ele foi às urnas eleger a presidente reconhecendo o seu trabalho no primeiro mandato”, destacou.

Temer lembrou, ainda, das fases constitucionais que o Brasil teve de enfrentar, algumas com uma ordem jurídica centralizadora. “Saímos de um período autoritário, onde o Ato Institucional 5 (AI5) concentrava o poder no presidente, sendo comparado a um poder absolutista”.

Para o ex-ministro Ayres Britto, o país vive um momento único. “Estamos turbinando a cidadania”.  Marco Aurélio, porém, preferiu a oposição e criticou o cenário político atual. “Vivenciamos tempos muito estranhos. Notamos a perda de parâmetros, de princípios e de valores”, concluiu.

Lucas Valença

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