Alunos de escola criam microscópio artesanal

COMPARTILHE ESSA MATÉRIA

Sete alunos do 9º ano do Centro de Ensino Vargem Bonita, escola pública no Distrito Federal, criaram um microscópio artesanal que permite visualizar micro-organismos em diferentes líquidos. A experiência rendeu uma vaga na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que acontece de 19 a 25 de outubro, no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha.

A partir de conhecimentos que tiveram nas aulas de ciências e a ajuda da professora Edjane dos Santos, os alunos Bruno Veríssimo 14 anos, Ellen Cristina 13, Maisla Ramos 16, Mayla Carolina 14, Nayra Gomes 15, Lucas Hiyoshi 15 e Rafael Gomes 12, encabeçaram um projeto que foi destaque na feira de ciências do colégio. O projeto chamou a atenção quando exposto no 5º Circuito de Ciências da Regional de Ensino do Núcleo Bandeirante.

O microscópio artesanal foi feito com material reciclável e caneta laser. “A gente ficou bem feliz com o projeto e com a vaga para o nacional, a professora nos ajudou muito. O que mais nos deixou satisfeito foi poder ajudar crianças de outras escolas a terem acesso a isso”, disse o grupo de alunos em relação ao trabalho realizado.

Segundo a coordenadora pedagógica, Marcela Cardoso, a falta de recursos laboratoriais não foi, nem de longe, uma preocupação quando se tratava da motivação para participar do evento. Ao contrário, a educadora explicou que os alunos se sentiram motivados por serem instigados a criar e evoluir com as próprias ideias.

O vencedor da edição de 2015 do circuito de ciências local foi o projeto que envolve criatividade, sustentabilidade e um baixo custo de produção. O “Microscópio Manual”, como é chamada a engenhoca, trabalha com uma estrutura composta por materiais recicláveis que podem ser encontrados em casa, tornando assim uma realidade de ensino possível a quem se aventure a entender o mundo das moléculas.

Segundo a professora de ciências Edijane dos Santos, os recursos governamentais que deveriam ser aplicados na educação para que mais estudantes tenham acesso a inovação tecnológica não tem o devido destino por questões burocráticas, demora nos processos de licitações, destinação imprópria ou até por uma falta de comprometimento das autoridades.

A posição da escola em relação ao incentivo dado aos alunos é sólida quando se trata de atividades dinâmicas. A vice-diretora Renata Lopes, concorda com o fato de que a educação poderia ser melhor trabalhada se houvesse um retorno melhor de investimentos.”O governo, ao invés de investir, cortou a verba para educação e pesquisa. Isso só tem piorado a situação”, explicou. Ela tem buscado soluções diárias para os problemas, como a falta de alimento.

 

Henrique Kotnick

Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional.

Você tem o direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato para qualquer fim, mesmo que comercial.

Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.

SemDerivações — Se você remixar, transformar ou criar a partir do material, você não pode distribuir o material modificado.

A Agência de Notícias é um projeto de extensão do curso de Jornalismo com atuação diária de estudantes no desenvolvimento de textos, fotografias, áudio e vídeos com a supervisão de professores dos cursos de comunicação

plugins premium WordPress